Mourão reclama de monitoramento de Bolsonaro: "Perseguição"
Ex-presidente já estava obrigado a usar tornozeleira eletrônica e impedido de sair de sua casa

O senador Hamilton Mourão (foto), do Republicanos, reclamou nesta quarta, 27, da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de determinar o monitoramento de Jair Bolsonaro em tempo integral pela Polícia Penal do Distrito Federal.
"A recente determinação no sentido de incrementar as medidas de vigilância sobre o presidente Bolsonaro é descabida, viola a privacidade familiar e tem clara motivação de perseguição política", escreveu Mourão.
"A medida, mais uma vez, busca constranger e humilhar o presidente Bolsonaro e sua família, para minar seu capital político. Bolsonaro não é bandido, é um homem de 70 anos, com problemas de saúde e não merece isso. Tenham um mínimo de dignidade e respeito!", disse Mourão, que foi vice-presidente de Bolsonaro.
Bolsonaro já estava obrigado a usar tornozeleira eletrônica e impedido de sair de sua casa, em um condomínio de Brasília.
O ex-presidente também está proibido de entrar em embaixadas.
Humilhações
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também se manifestou contra o monitoramento policial em uma publicação no Instagram.
“Sabe… a cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com as incertezas e suportar as humilhações. Mas não tem nada, não. Nós vamos vencer. Deus é bom o tempo todo, e nós temos uma promessa. Pai, eu Te amo, independente dos dias ruins. Eu Te louvo de todo o meu coração. O Senhor não perdeu o controle de absolutamente nada. Hoje eu declaro: o Brasil pertence ao Senhor Jesus!”
Dentro de casa
Um ofício da Polícia Federal enviado ao STF pretende ir mais além no monitoramento, colocando agentes dentro da residência da família Bolsonaro.
"Havendo, em tese, intenção de fuga, necessário o acompanhamento in loco e em tempo integral das atividades do custodiado e do fluxo de veículos na residência e vizinhos próximos, únicas medidas hábeis a minimizar, de forma razoavelmente satisfatória, tais riscos", afirma o ofício da PF.
"Seria imperiosa a determinação para uma equipe de policiais permanecer 24 horas no interior da residência, como há precedentes" sugeriu o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
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