Moro quer distância do caso do ex-assessor de Flávio
Futuro ministro da Justiça, Sergio Moro (foto) está procurando manter distância do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, que levantou uma movimentação financeira atípica de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro. Ao tratar do assunto nesta segunda-feira, 10, o ex-juiz argumentou que não caberia a um ocupante...

Futuro ministro da Justiça, Sergio Moro (foto) está procurando manter distância do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, que levantou uma movimentação financeira atípica de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro.
Ao tratar do assunto nesta segunda-feira, 10, o ex-juiz argumentou que não caberia a um ocupante da pasta que vai assumir falar sobre investigações em curso. “O que existia no passado de ministro da Justiça opinando sobre casos concretos é inapropriado", afirmou. "Estes fatos têm que ser esclarecidos".
"O presidente já apresentou alguns esclarecimentos. Tem outras pessoas que precisam prestar os seus esclarecimentos. E o fatos, se não forem esclarecidos, têm que ser apurados", limitou-se a dizer o ex-juiz da Lava Jato.
O relatório do Coaf levantou que o ex-assessor e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz teria movimentado 1,2 milhão de reais entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, um volume que seria incompatível com sua renda declarada. Uma das transações seria um cheque de 24 mil reais para Michelle Bolsonaro.
Na sexta-feira, 7, Jair Bolsonaro disse que o cheque para a futura primeira-dama serviu para quitar uma dívida.
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Comentários (3)
Ivo
2018-12-10 16:09:39MOVIMENTAÇÃO DE TERCEIRO, COM EXPLICAÇÃO PLAUSIVEL E MONTANTE INSIGNIFICANTE. TEMOS DE ENFIAR O DEDO SÃO NAS FERIDAS DE BILHOES E TRILHOES..... JAIR É MITO !
vicky
2018-12-10 15:53:33Concordo plenamente com Dr. Sérgio Moro. Ele ainda não assumiu e não tem que ficar emitindo opiniões sobre questões que ele próprio não ordenou a investigação.
Cirval
2018-12-10 15:50:18Quer dizer que o Bolsonaro, com um simples comentário, resolveu o caso? Saindo da boca do maior conhecedor do "caminho do dinheiro" no Brasil é um começo, pelo menos, triste. Já se presumia que a decisão do Moro de aceitar o Ministério da Justiça tinha um risco. E parece que o risco, que era incerto, se concretizou. Qualquer um sabe que também César tem que parecer e ser honesto. Não é só a mulher. E Bolsonaro pode até não ser o caso, mas parece estar envolvido em um caso que urge explicações.