Moro: PT mente sobre PL Antifacção
Para o ex-juiz da Lava Jato, não há "nada de novo" no esperneio da legenda e de Lula sobre o projeto aprovado na Câmara
O senador Sergio Moro (União-PR) afirmou nesta quinta-feira, 20, que o PT, partido do presidente Lula, mente sobre o conteúdo do PL Antifacção, aprovado pela Câmara dos Deputados na forma do substitutivo apresentado pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP).
Para o ex-juiz da Lava Jato, não há "nada de novo" no esperneio da legenda e do chefe do Palácio do Planalto.
"Lula, que defende traficante, ladrão de celular, corruptos do mensalão e petrolão, critica a aprovação na Câmara do projeto contra o crime organizado e o PT mente sobre o seu conteúdo. Nada de novo", escreveu Moro no X.
Lula e o PL Antifacção
Lula reclamou na quarta, 19, que o PL Antifacção alterou pontos centrais do texto original, enviado pelo governo.
“Precisamos de leis firmes e seguras para combater o crime organizado. O projeto aprovado ontem pela Câmara alterou pontos centrais do PL Antifacção que nosso governo apresentou. Do jeito que está, enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica. Trocar o certo pelo duvidoso só favorece quem quer escapar da lei.
É importante que prevaleça, no Senado, o diálogo e a responsabilidade na análise do projeto para que o Brasil tenha de fato instrumentos eficazes no enfrentamento às facções criminosas.
O compromisso do Governo do Brasil é com uma agenda legislativa que fortaleça as ações da Polícia Federal, garanta maior integração entre as forças de segurança e amplie o trabalho de inteligência para enfrentar as facções nos territórios onde elas tentam se impor, mas especialmente para atingir as estruturas de comando que sustentam e financiam seus crimes.
Estamos do lado do povo brasileiro e não abriremos mão de combater de verdade toda a cadeia do crime organizado.”
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PL Antifacção
De autoria do governo federal, a proposta foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo.
O texto cria o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no Brasil e seguirá agora para análise do Senado.
O objetivo do marco é “definir e punir as condutas praticadas por organizações criminosas, paramilitares ou milícias privadas que, mediante violência ou grave ameaça, atentem contra a paz pública, a segurança da coletividade ou o funcionamento de instituições públicas ou privadas”.
O projeto tipifica várias condutas comuns de organizações criminosas ou milícias privadas e atribui a elas pena de prisão de 20 a 40 anos em um crime denominado domínio social estruturado. O favorecimento a esse domínio será punido com prisão de 12 a 20 anos e multa.
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