Moratória não inibe queimadas na Amazônia e no Pantanal
O mês de agosto terminou com 29.307 focos de incêndio na Amazônia (foto), segundo o Inpe. O número é pouco menor que o registrado no mesmo mês no ano passado, quando foram registrados 30.900 focos. Apesar dos números parecidos, as circunstâncias foram muito diferentes. Em agosto do ano passado, em meio a uma comoção internacional, o...
O mês de agosto terminou com 29.307 focos de incêndio na Amazônia (foto), segundo o Inpe. O número é pouco menor que o registrado no mesmo mês no ano passado, quando foram registrados 30.900 focos.
Apesar dos números parecidos, as circunstâncias foram muito diferentes. Em agosto do ano passado, em meio a uma comoção internacional, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o emprego das Forças Armadas em uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Os militares foram enviados para prevenir e apagar incêndios na Amazônia. O resultado, contudo, só foi sentido em setembro, quando o total de focos caiu 35%.
Este ano, o governo preferiu agir antes. O vice-presidente, Hamilton Mourão, assumiu o Conselho da Amazônia. As Forças Armadas foram deslocadas para a região em maio, por meio de uma nova GLO. Em meados de julho, um decreto proibiu as queimadas por 120 dias na Amazônia e no Pantanal.
Em julho, o número de focos de incêndio foi 27% maior que no mesmo mês de 2019. Em agosto, o total de queimadas ficou praticamente igual ao de agosto do ano passado.
"O impacto da moratória das queimadas este ano foi praticamente nulo. Minha impressão é que as pessoas não se intimidam mais com a presença das Forças Armadas nas regiões de floresta", diz Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
No Pantanal, o efeito da moratória das queimadas também não foi notado. O número de focos triplicou nos meses de julho e agosto, na comparação com os mesmos meses no ano passado. "Não há qualquer indício de que o governo esteja conseguindo controlar o que está acontecendo no Pantanal", diz o engenheiro florestal Mauro Armelin, diretor-executivo da ONG Amigos da Terra. "O número de queimadas disparou e continua com a mesma tendência de alta."
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Comentários (3)
Arnaldo
2020-09-02 11:37:38Mais uma calamidade bolsonarista. Não dá pra se calar. Revoltante! Desesperador!
André
2020-09-01 22:11:57Bolsonaro, está provado, não está nem um pouco preocupado com a Amazônia, os Índios, as queimadas, o desmatamento com a derrubada de árvores gigantescas, com centenas de anos de vida e até com milhares de anos de vida, cada vez mais raras. Se inteligente fosse, poderia criar uma indústria do turismo fantástica, promovendo a beleza e a flora da Amazônia e do Pantanal gerando renda, desenvolvimento e milhões de empregos. Mas não, está preocupado com a reeleição e vai perder por sua burrice!
Jose
2020-09-01 19:48:37Claro que não vai ter efeito. O Bozo liberou geral para os amigos grileiros dele. Hoje eles não estão nem aí para a lei. Para eles o que vale e destruir e queimar que o Bozo garante. Nunca o país ficou tão desmoralizado!