Moraes ao TSE: material do 'inquérito do fim do mundo' ainda está sob perícia
Relator do processo que investiga a difusão de fake news e ataques a integrantes do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes (foto) comunicou ao ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral, que os materiais colhidos no inquérito estão sob perícia e, portanto, ainda não é possível dizer se poderão ser usados em duas ações que pedem...
Relator do processo que investiga a difusão de fake news e ataques a integrantes do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes (foto) comunicou ao ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral, que os materiais colhidos no inquérito estão sob perícia e, portanto, ainda não é possível dizer se poderão ser usados em duas ações que pedem a cassação de Jair Bolsonaro e do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
Os processos em trâmite no TSE argumentam que o impulsionamento de informações falsas via WhatsApp durante a campanha presidencial de 2018 beneficiaram a dupla. A manifestação de Moraes é uma resposta à consulta realizada por Og Fernandes em 12 de junho. No despacho, ele afirmou que as perícias devem ser concluídas "brevemente".
"Tenho a honra de dirigir-me à Vossa Excelência, em resposta ao ofício SEPC/COAJU/CGE Nº 179/2020, para informar, nos termos solicitados, que as perícias decorrentes das diligências de busca e apreensão e de quebra dos sigilos bancário e fiscal que estão noticiadas nos autos do Inquérito 4.781/DF estão em andamento, devendo ser concluídas brevemente, quando será possível analisar a existência de pertinência temática com as AIJEs 0601771-28 e 0601968-80 de relatoria de Vossa Excelência, para eventual compartilhamento", escreveu Moraes.
O Ministério Público Eleitoral mostrou-se favorável ao compartilhamento das evidências. Em 9 de junho, o vice-procurador-geral Eleitoral, Renato Brill de Góes, por exemplo, que o dono das Lojas Havan, Luciano Hang, alvo de uma das ações de investigação judicial eleitoral, também integra o grupo de empresários que estão na mira do STF pela divulgação de "vídeos e materiais contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes".
Assim, na concepção do vice-PGE, "há um nítido liame" entre os casos e o compartilhamento de provas deve "trazer luz ao esclarecimento dos fatos apontados na inicial, na medida em que poderão vir a demonstrar a origem do financiamento das práticas imputadas à campanha dos representados na inicial".
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