Ministério dividirá o Brasil em diferentes níveis de risco para orientar isolamento
O Ministério da Saúde deu informações iniciais nesta segunda-feira, 11, sobre a diretriz geral de orientação para o isolamento social em estados e municípios durante a pandemia do novo coronavírus. O plano, divulgado pelo titular da pasta, Nelson Teich (foto), leva em conta a capacidade hospitalar instalada, o perfil epidemiológico do local, a velocidade do...
O Ministério da Saúde deu informações iniciais nesta segunda-feira, 11, sobre a diretriz geral de orientação para o isolamento social em estados e municípios durante a pandemia do novo coronavírus. O plano, divulgado pelo titular da pasta, Nelson Teich (foto), leva em conta a capacidade hospitalar instalada, o perfil epidemiológico do local, a velocidade do crescimento da doença e da ocupação de leitos e a mobilidade urbana.
Cruzadas, as características poderão resultar em cinco níveis de risco: muito baixo, baixo, moderado, alto ou muito alto. Com base neles, o ministério recomendará diferentes abordagens — distanciamento social seletivo I, distanciamento social seletivo II, distanciamento social ampliado I, distanciamento ampliado II e restrição máxima.
Indagado, Teich optou por não explicar como funcionarão os distintos modelos restritivos. De acordo com o ministro, apesar de definido, o detalhamento das medidas será divulgado na próxima quarta-feira, 13, após uma nova rodada de conversas com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o CONASS, e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, CONASEMS.
O oncologista ressaltou, mais de uma vez, que, a despeito do guia, a palavra final será de governadores e prefeitos, os quais têm competência para implementar as ações restritivas, conforme reconheceu o Supremo Tribunal Federal.
“Não é uma política de isolamento, nem é uma política de flexibilização. Isso é uma análise de cada local. A partir dessa análise, a gente avalia e define quais ações consideramos ideais. Isso é uma diretriz. A decisão, vocês sabem, cabe a estados e municípios. O que o Ministério da Saúde faz é disponibilizar uma linha de raciocínio, o que ele considera uma linha de avaliação adequada. Vai estar sempre disponível para discutir com qualquer secretário estadual ou municipal estratégias locais para ajudar na interpretação da ferramenta, se esse lugar não tiver um, e a gente vai trabalhar junto”, afirmou.
Questionado se CONASS e CONASEMS apoiaram a proposta inicial, Teich disse que, no sábado, 9, “aparentemente havia um consenso”, mas alegou ter sido “surpreendido com notas do jornal mostrando que este não era o cenário de hoje”.
“Para mim, foi uma surpresa enorme, porque, no sábado, essa discussão foi absolutamente técnica. O que me foi passado é que existia um consenso e só iria bater o martelo, mas a reunião havia evoluído de forma tranquila, técnica. Naquele momento, não tinha posicionamento, questionamento ou crítica como a que a gente teve hoje do CONASS em relação ao modelo.”
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