Milton Ribeiro acerta licença da Educação com Bolsonaro, dizem aliados
Integrantes da base do presidente Jair Bolsonaro afirmam que o ministro da Educação, Milton Ribeiro (foto), pedirá licença do cargo na esteira do escândalo da liberação de verbas para pastores aliados. Segundo esses mesmos interlocutores, a ideia é que Ribeiro fique afastado do MEC até a conclusão das investigações pela Polícia Federal. "Essa alternativa é...
Integrantes da base do presidente Jair Bolsonaro afirmam que o ministro da Educação, Milton Ribeiro (foto), pedirá licença do cargo na esteira do escândalo da liberação de verbas para pastores aliados. Segundo esses mesmos interlocutores, a ideia é que Ribeiro fique afastado do MEC até a conclusão das investigações pela Polícia Federal.
"Essa alternativa é melhor para todos e ocorreu após muita articulação da base congressista neste final de semana. Se a PF avaliar que Milton Ribeiro é inocente, ele voltará ao comando do Ministério da Educação, cerca de dois meses antes das eleições de outubro", disse um aliado do presidente a Crusoé.
O ministro está reunido com Bolsonaro no Palácio do Planalto na tarde desta segunda-feira, 28, e a expectativa é a de que ele comunique seu afastamento logo mais. O cotado para assumir a pasta é Victor Godoy, atual secretário-executivo do MEC.
A licença teria sido acertada entre Bolsonaro e Ribeiro na noite de domingo, 27. A decisão de deixar temporariamente o cargo teria partido do próprio integrante do primeiro escalão, que teria atribuído o gesto ao agravamento da crise e à pressão que sua família vem sofrendo em razão da repercussão do caso.
A solução alternativa à demissão, a qual Bolsonaro resistia, passou a ser defendida nos últimos dias por lideranças evangélicas ligadas ao Planalto, como os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Marcos Feliciano, e até o ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça.
Como mostrou Crusoé em sua mais recente edição, além de dinheiro, os pastores pediram ouro e até ofereceram um negócio envolvendo exemplares da Bíblia para agilizar repasses na pasta da Educação, onde tinham trânsito livre.
O pedido inusitado de propina foi revelado pelo prefeito Gilberto Braga, de Luís Domingues, uma cidade de 7 mil habitantes encravada no norte do Maranhão, perto da divisa com o Pará. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na última terça, 22, ele disse que o pastor Arilton Moura pediu 15 mil reais para dar entrada em um pedido da prefeitura no MEC e, depois, um quilo de ouro mediante a liberação dos recursos pela pasta – a verba seria de 10 milhões de reais.
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Comentários (5)
Ercilia
2022-03-30 09:50:47Minha assinatura não está atrasada Assinei por 1 ano
Sinval
2022-03-28 20:58:08O MINTO jurou que colocava sua cara no fogo pelo seu ministro. E agora?
Dalto Varela
2022-03-28 19:07:57Não esqueçam que ele não está sozinho nesta tem gente de cima e de baixo dele.
ADELSON SILVA UCHOA
2022-03-28 16:59:41Esse sujeito é muito cínico, a cara desse terrível evangélico é uma praga. Está sujando a irmandade evangélica deste país. Já está fora do ministério, e sabe disso esse idiota.
Eduardo
2022-03-28 14:49:46Cafajestes