Médica é condenada a 30 anos de prisão por áudio contra Maduro
Regime chavista intensifica sanha persecutória; Marggie Orozco, de 65 anos, sofre de distúrbios cardíacos
A ditadura de Nicolás Maduro condenou a médica Marggie Orozco (foto), de 65 anos, a 30 anos de prisão por divulgar um áudio no WhatsApp em que responsabilizava o chavismo pela crise na Venezuela.
Na gravação, ela também convocava seus vizinhos a votarem nas eleições de 28 de julho.
A juíza Luz Dary Moreno acatou, em 14 de novembro, uma denúncia apresentada por um membro dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP) em que acusa Marggie de "traição", "incitação ao ódio" e "conspiração".
Os CLAPs são estrutura controlada pelo chavismo, usadas para controle social e distribuição de alimentos.
Segundo a família, Marggie sofre de problemas cardíacos e de depressão.
O marido, Luis Molina, relata que a saúde da médica “se deteriora a cada semana”.
Prisão
Marggie foi presa em 5 de agosto do ano passado, em San Juan de Colón, uma cidade perto da fronteira com a Colômbia.
O motivo: a médica compartilhou um áudio em um grupo de WhatsApp, incentivando seus vizinhos a participarem das eleições de 28 de julho.
A gravação acabou vazando, possivelmente por um integrante ligado ao CLAP.
Apenas um mês após a prisão, ela sofreu um ataque cardíaco dentro do centro de detenção e precisou de atendimento médico urgente no hospital central de San Cristóbal.
Reações
ONGS e políticos protestaram contra a prisão de Marggie.
O ex-governador estado de Táchira, César Pérez Vivas, classificou a sentença como um "ato perverso contra uma pessoa com sérios problemas de saúde" da mulher.
A ONG Liberdade dos Combatentes Sociais afirmou que a prisão "evidencia a sanha do regime" e que dentro da Venezuela existe "crime de opinião".
Pressão
A nova arbitrariedade do regime ocorre em meio ao aumento da pressão americana sobre Maduro.
Os Estados Unidos anunciaram que vão declarar o Cartel de los Soles, liderado pelo "ilegítimo" Nicolás Maduro, como organização terrorista.
A medida permite às forças americanas ações militares contra o chefe da ditadura.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo, 16, que os dias de Maduro "estão contados".
Em paralelo, a marinha americana moveu o seu maior porta-aviões para o Mar do Caribe.
O ditador aproveita seus possíveis últimos dias para reprimir ainda mais os opositores.
Leia mais: EUA vão designar Cartel de los Soles como organização terrorista
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Comentários (2)
Vicente Bersito Neto
2025-11-17 18:10:56Trump, tá esperando mais o que? Toca fumo naquele amiguinho do Nine, pois como ja diz o nome - Maduro - já deveria ter caído de maduro! Próximos da lista...Colômbia, México e demais esquerdistas conhecidos...
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
2025-11-17 18:04:16É a democracia que a esquerdalha sonha para o Brasil.