María Corina sobre sequestro: "Eles são assim: atacam uma mulher pelas costas"
"Fui bruscamente e fortemente arrancada da moto e me colocaram em outra. Fui colocada entre dois homens", afirmou a líder da oposição
A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado (foto), deu detalhes sobre o sequestro que sofreu na quinta, 9, após deixar uma manifestação contra a posse do ditador Nicolás Maduro para um terceiro mandato.
"Agora quero falar com vocês sobre o que aconteceu comigo ontem, porque sei que muitos estão preocupados. Quero compartilhar com vocês quais são os fatos e a minha interpretação deles. Ao sair da enorme manifestação em Chacao, muitos cidadãos me cercaram e me acompanharam até que subi em uma moto, que ia me tirar de lá. Duas outras motos me acompanhavam. Na altura do Liceu Gustavo Herrera, várias motos nos interceptaram com homens armados da Polícia Nacional Bolivariana. Eles tinham armas grandes à mostra", disse María Corina.
"Conseguimos avançar e, à altura de Altamira, escutamos vários disparos. As motos da Polícia Nacional Bolivariana nos interceptaram. Um funcionário perguntou meu nome para confirmar que era eu. Imediatamente, por trás, fui bruscamente e fortemente arrancada da moto e me colocaram em outra. Fui colocada entre dois homens. Eles são assim: atacam uma mulher pelas costas", continuou.
Mais adiante, os motoqueiros pararam e afirmaram que tinham recebido uma ordem para que María Corina fosse embora.
"Para eu poder sair, eles me pediram que eu gravasse um vídeo como prova de vida. Isso me tomou várias horas, para que eu pudesse sair daquela área e poder me resguardar novamente. Foi então que percebi que o homem que conduzia uma das motos que me acompanhava na saída da manifestação tinha uma ferida de bala na perna, quando os homens da Polícia Nacional Bolivariana dispararam contra nós. Ele também foi detido. Eu estou bem agora, apesar de ter várias dores e contusões em algumas partes do meu corpo."
Retorno de Edmundo González
María Corina também afirmou que o presidente eleito Edmundo González Urrutia não irá agora para o país, como foi prometido.
"Edmundo virá para a Venezuela para jurar como presidente eleito do país quando as condições permitirem", disse a opositora.
Segundo ela, caso Edmundo fosse agora ao país, poderia correr perigo, uma vez que Maduro, "em sua paranoia delirante", ativou o sistema de defesa aérea.
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