Mais de 147 milhões vão às urnas neste domingo: o que está em jogo na disputa
A eleição deste domingo será uma das mais desafiadoras das últimas décadas para a Justiça Eleitoral: mais de 147 milhões de pessoas estão aptas a irem às urnas, no meio de uma persistente pandemia, que ainda mata mais de 600 pessoas diariamente. Para fazer valer a vontade da população e evitar uma prorrogação de mandatos,...
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A eleição deste domingo será uma das mais desafiadoras das últimas décadas para a Justiça Eleitoral: mais de 147 milhões de pessoas estão aptas a irem às urnas, no meio de uma persistente pandemia, que ainda mata mais de 600 pessoas diariamente. Para fazer valer a vontade da população e evitar uma prorrogação de mandatos, o Tribunal Superior Eleitoral preparou um esquema especial para a eleição, que inclui a ampliação dos horários de funcionamento das seções e a convocação de mais de 28 mil militares das Forças Armadas.
Os eleitores serão obrigados a usar máscaras durante todo o tempo de permanência nos locais de votação e, na maioria das capitais, a polícia já está preparada para atuar em casos de desrespeito à determinação das autoridades eleitorais e sanitárias.
O eleitorado brasileiro cresceu 2,6%, em comparação com o pleito de 2016, segundo dados do TSE – nos municípios do Amazonas, esse crescimento foi de 7,8%. Mulheres ainda são maioria entre os brasileiros que vão às urnas: as eleitoras representam 52,49% do total.
O número de políticos que se candidataram neste ano também subiu cerca 11%, passando de 496,9 mil para 557,3 mil. Ao todo, há 39 mil pessoas na disputa por um cargo de prefeito e vice-prefeito, além de 518,3 mil que almejam uma vaga de vereador. Entre os candidatos, 24 mil concorrem à reeleição e, desses, quase 90% são vereadores.
As eleições municipais serão, como de hábito, o principal termômetro para a disputa presidencial que será travada daqui a dois anos. Nas pesquisas de intenção de voto, os candidatos de capitais que se associaram à imagem do presidente Jair Bolsonaro sofreram queda. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os nomes apoiados pelo chefe do Planalto, Celso Russomano e Marcelo Crivella, respectivamente, correm o risco de ficar fora do segundo turno. Uma derrota de Bolsonaro na disputa pode ter impactos em seus planos de reeleição. Candidatos associados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, situado no outro extremo do espectro político, também têm encontrado dificuldades.
Entre os partidos, o que está em jogo é a briga pela soberania nas prefeituras, o que lhes dá capilaridade nacional e, em consequência, amplia a sua força no tabuleiro político. Em 2016, o MDB e o PSDB se sobressaíram na disputa. Este ano, os emedebistas lançaram 45,1 mil candidatos, o maior número entre todas as siglas. Mas legendas do Centrão, como o PSD, o PP e o Republicanos, partidos bem colocados nas pesquisas, esperam tirar a hegemonia da dupla. Crusoé acompanhará, ao longo do dia, o desenrolar da votação e, depois, a apuração dos votos.
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Comentários (1)
Jose
2020-11-15 09:46:57Espero que o povo não repita a burrada de 2018, onde votou no primeiro turno com o intestino grosso não com o cérebro. Na época, tal como o Estados Unidos, o Brasil precisava de um moderado pacificador. Entretanto, a população caiu de novo no conto do paco e elegeu um incendiário genocida que acabou de vez com o país!