Maduro dança com robô
Ditador venezuelano repete dancinhas diante do aumento da pressão americana
O ditador Nicolás Maduro foi flagrado dançando ao som da gaita, música natalina tradicional da Venezuela, ao lado de um robô com inteligência artificial.
O registro foi divulgado pela TV estatal na segunda, 22.
No mesmo evento, Maduro aproveitou a ocasião para enviar um recado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Penso que o presidente Trump poderia fazer melhor em seu país e no mundo. Ele estaria melhor no mundo se focasse nos problemas do seu próprio país. Não é possível que 70% dos seus discursos e declarações sejam [sobre] a Venezuela. E os Estados Unidos?", disse.
Não foi a primeira vez que Maduro recorreu a apresentações descontraídas para tentar minimizar a pressão exercida pelos EUA.
"Don't worry, be happy"
Em 11 de dezembro, Maduro cantou e dançou o reggae Don’t worry, be happy, de Bobby McFerrin, durante uma marcha pelo 166º aniversário da Batalha de Santa Inés, em Caracas.
"Don’t worry, be happy. Peace, not war. Peace and love”, declarou o ditador antes de começar a dançar ao lado de apoiadores.
Em outro ocasião, Maduro protagonizou mais uma cena constrangedora ao comentar o aumento da pressão do governo Trump por sua saída do país.
Durante seu programa de televisão, Maduro emitiu sons e alternou frases em inglês sobre “paz” e “guerra”.
“Pin, pun, pan. Peace, peace, peace. War, no war.”, afirmou.
Bloqueio a petroleiros na Venezuela
Trump anunciou na terça-feira, 16, a imposição de um “bloqueio total e completo” a petroleiros que violassem as sanções comerciais dos EUA, tanto na chegada quanto na partida da Venezuela.
A decisão americana visa aumentar a pressão contra o regime.
Em resposta à decisão do presidente americano, Maduro ordenou a mobilização da Marinha da Venezuela para acompanhar navios-tanque que transportam petróleo e seus derivados.
Maduro conversou por telefone com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para denunciar o que chamou de “escalada de ameaças” após o anúncio do bloqueio.
O ministério venezuelano das Relações Exteriores divulgou uma nota, criticando as declarações de Trump de que o petróleo e o território venezuelanos pertenceriam aos EUA. Maduro afirmou que tais declarações “devem ser categoricamente rejeitadas pelo sistema das Organizações das Nações Unidas, pois constituem uma ameaça direta à soberania, ao direito internacional e à paz”.
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