Lulômetro: aprovação sobe, reprovação desce
Café mais barato, discurso contra Trump e programas sociais ajudam na popularidade do presidente Lula

O Lulômetro, tracking diário da popularidade do presidente Lula (foto) feito em parceria entre O Antagonista e a Real Time Big Data, tem mostrado uma elevação da aprovação do petista, que bateu em 31%, e uma redução na sua desaprovação, agora em 39%.
Crusoé conversou com o estrategista político Wilson Pedroso, sócio da Real Time Big Data, para entender as mudanças no Lulômetro.
O que explica a redução na rejeição do presidente Lula?
São três fatores. O tarifaço deu oportunidade para o governo se posicionar como um defensor da soberania. Com isso, Lula achou um novo antagonista, trocando Jair Bolsonaro, que está fora de combate, por Donald Trump.
O presidente americano agora virou o grande protagonista dos discursos inflamados de Lula, que agradam ao povo.
Em segundo lugar, Lula está aproveitando o clima para ampliar seus programas sociais. E isso tem um reflexo na maneira como as pessoas veem o governo.
Por fim, a chegada de produtos mais baratos para o consumidor, como o café, melhora a percepção sobre a economia.
Quando o carrinho de supermercado fica mais cheio, isso favorece o presidente Lula.
Isso é sustentável? Pode continuar até outubro do ano que vem, quando ocorrerão as eleições?
Até outubro do ano que vem, eu não sei. Mas é um fato que a aprovação do presidente está melhorando.
E ele também tem conseguido se aproximar de uma fatia importante do eleitorado.
Quando se faz uma pesquisa, é possível ver que um terço é Bolsonaro, um terço é Lula.
E há um terço do eleitorado que fica no centro, e pode pender para um lado e para o outro.
São os flutuantes, que não sabem ainda em quem votarão e podem até anular o voto.
É essa turma que está voltando para perto de Lula.
Como o sr. vê a atuação da direita?
A direita não consegue se organizar, não consegue achar um nome, não consegue se reposicionar, não consegue ter uma narrativa única.
Se continuar assim, com Lula crescendo na aprovação, a eleição ficará mais competitiva.
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