Lula segue em baixa em São Paulo, indica pesquisa
O desagrado com o petista é tanto que ele aparece 13 pontos percentuais atrás do inelegível Bolsonaro em cenário sobre sucessão presidencial

Os números recentes de alguns institutos de pesquisa, como Datafolha e AtlasIntel, indicam que Lula (foto) pode estar conseguindo enfim estancar a perda de popularidade registrada desde o início de 2024. Não é o que ocorre em São Paulo, contudo, segundo levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira, 7.
A aprovação do petista, de 33,9%, e a desaprovação, de 63,1%, praticamente não se alteraram em São Paulo desde fevereiro, e seu governo é considerado ótimo ou bom por apenas 22,2% dos paulistas — a maioria, de 52,8%, considera a gestão do petista ruim ou péssima.
O desagrado é tanto que, segundo a pesquisa, Lula aparece 13 pontos percentuais atrás de Jair Bolsonaro em cenário sobre a sucessão presidencial de 2026. O ex-presidente, que está inelegível até 2030, tem 42,6% das intenções de voto, contra 29,1% do petista.
Na sequência, aparece o ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 9,2%, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com 3,6%, seguidos pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), 3,2%, e o governador do Pará. Helder Barbalho (MDB), com 0,5%.
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Michelle e Tarcísio
Lula também aparece atrás do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro nos cenários testados na pesquisa, que ouviu 1.700 eleitores em 85 municípios paulistas de 1º a 4 de maio. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Michelle marca 35,8% contra 29,2% do petista, e Ciro aparece em terceiro, com 10,8%. Já Tarcísio teria 38,6% das intenções de voto, contra 29,1% de Lula e 10,7% de Ciro.
Lula aparece na frente apenas no cenário em que é considerado o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Nesse caso, o petista marca 29,6%, contra 17,8% do governador e 12,9% de Ciro.
Popularidade
Lula resolveu concentrar os esforços de seu governo na perspectiva da reeleição, bem antes do início do processo eleitoral de 2026.
O presidente decidiu empurrar para o próximo governo qualquer esforço de responsabilidade fiscal e aposta em pautas populares, como o fim mágico da escala de trabalhado 6x1 e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, para recuperar a popularidade.
Quando o petista parecia conseguir estancar a perda de popularidade, surgiu o escândalo do INSS, cujo impacto para a popularidade do presidente ainda está por ser medido.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-05-07 12:47:56Acho que Ratinho Jr. não pontua muito bem por não ser conhecido dos brasileiros. Ele não é do tipo de superstar, que gosta de holofotes. Mas este é o ponto . Brasileiro quer mesmo é se apaixonar por ídolos. Um aí até mostrou seu próprio intestino.