Lula e Janja sempre terão Paris
O caso de amor do presidente e a primeira-dama com a cidade que é símbolo de romantismo, de luxo, de boa-vida e da intelectualidade de esquerda

Paris, capital da França, é um símbolo mundial de romantismo, de luxo, de boa-vida e da intelectualidade de esquerda.
Disputada por turistas do mundo todo, é um destino caro e para poucos.
Com todos esses atributos, a cidade tem um lugar garantido no coração do presidente Lula e da primeira-dama Janja.
O casal presidencial frequentemente viaja para Paris ou cita a cidade em suas declarações.
Tijolo por tijolo
Na segunda, 20, Lula anunciou um crédito para brasileiros que querem reformar suas casas. E acabou citando Paris.
"Eu digo sempre o seguinte: nesse governo, não pare de reclamar. Aqui nunca teve política para ajudar o vendedor de material de construção, aquele pequeno comerciante que vendia fiado, ainda na caderneta. Agora não, agora vai ter crédito, e a Caixa [Econômica Federal] quem ser o pagador desse crédito. E aí vocês vão aprender como é bom: quando o rico tem muito dinheiro, ele vai comprar um tijolo em Paris. Quando o pobre tem um pouquinho de dinheiro, ele vai comprar o tijolo na rua e na vila que ele mora", afirmou o petista.
Não faz o menor sentido econômico alguém ir comprar tijolo em Paris. Essa cena nunca aconteceu.
O que importa, na frase, é que Lula entende que Paris é destino de rico. E é mesmo.
"Muitos países africanos"
Nas programações do casal presidencial, viagens programadas para países em desenvolvimento podem ser canceladas facilmente quando aparece um convite para "a cidade das luzes".
Em março deste ano, a primeira-dama cancelou uma viagem ao Vietnã quando pintou a chance de curtir a capital francesa.
"Eu iria acompanhar o presidente Lula no Vietnã, mas o presidente Macron ligou e fez questão que eu estivesse presente aqui", disse Janja, durante uma reunião da cúpula internacional de combate à fome e à pobreza, em Paris.
Quando apareceram críticas de que Janja estava viajando demais, torrando o dinheiro dos pagadores de impostos, Lula apareceu com um argumento inesperado.
“Primeiro que a minha mulher [Janja] não é clandestina. Ela não faz viagem apócrifa, ela faz viagem porque ela foi convidada para fazer uma viagem. E não foi pouca coisa. Ela viajou a convite do companheiro [presidente francês Emmanuel] Macron para discutir o combate à fome e à pobreza", disse Lula.
"A história vai julgar. E a Janja foi oficialmente me representando. Ela não foi em uma viagem escondida. Ela foi em uma viagem me representando. Saiu de Paris, ela queria vir para cá. Eu falei: ‘É importante você ir para Paris. Vai ter lá muito país africano’", afirmou o presidente.
Nenhuma criança africana ganhou um prato de comida após a viagem de Janja.
Lula ainda parece incapaz de dizer quais países africanos sofrem com a fome ou dizer como o Brasil poderia ajudar a resolver o problema.
Mas o certo é que a viagem aconteceu, e a primeira-dama aproveitou.
E em uma coisa Lula e Janja têm toda razão: não há melhor lugar para combater a fome do que nos cafés e bistrôs de Paris.
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