Lula e Bolsonaro parabenizam Alcolumbre por vitória
Alcolumbre foi eleito neste sábado como presidente do Senado com 73 votos e conseguiu uma das votações mais expressivas na história da Casa
Instantes após vencer a disputa pela Presidência do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) falou por telefone tanto com com o presidente Lula, em uma ligação mediada pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), quanto com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma ligação mediada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Agora, a expectativa é que Lula e Alcolumbre conversem sobre as pautas do Senado já na segunda-feira pela manhã. Alcolumbre pretende retomar os trabalhos legislativos segunda-feira pela tarde e há vetos – principalmente os relacionados à política fiscal – que preocupam o Poder Executivo.
Alcolumbre foi eleito neste sábado como presidente do Senado com 73 votos e conseguiu uma das votações mais expressivas na história da Casa. Apenas o ex-senador José Sarney (MDB-AP) conseguiu atingir a margem de 70 votos. E isso foi na distante eleição de 2011 – há 14 anos.
Também concorreram ao cargo os senadores Marcos Pontes (PL-SP) – à revelia do ex-presidente Jair Bolsonaro - e Eduardo Girão (Novo-CE). Pontes teve quatro votos e Girão outros quatro.
Marcos do Val (Podemos-ES) chegou a registrar candidatura, mas a retirou durante seu discurso no Senado, argumentando que foi censurado e que não teve como costurar acordo com outros parlamentares. A senadora Soraya Thronicke (Podemos) também retirou a sua candidatura.
O senador amapaense conseguiu chegar a essa votação a partir de um arco de alianças que reuniu, em um mesmo bloco, tanto senadores do PT de Lula quando parlamentares do PL de Jair Bolsonaro. Para conseguir tal feito, Davi conseguiu prometeu dar seguimento a pautas que agradam tanto a petistas quanto a bolsonaristas.
Aos petistas, garantiu azeitar as matérias de interesse do governo – principalmente as da área econômica; aos bolsonaristas, prometeu garantir o avanço de pautas como a anistia a Jair Bolsonaro e aos réus dos atos de 8 de janeiro; e ao Centrão, Alcolumbre prometeu trabalhar pela liberação de emendas parlamentares, principalmente as de comissão. Em seu discurso de agradecimento, Alcolumbre citou o agora ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele chamou Pacheco de "irmão que a vida lhe deu".
"Nessa presidência, seremos uma Casa de iguais. Independentemente de sua ideológica ou de sua política. E o Senado só se mantém grande pela soma das forças, senadoras e senadores, cada um aqui, legitimado pelos votos de milhares ou milhões de brasileiros. Vamos trabalhar pelo Brasil”, disse Alcolumbre.
“Tenham certeza de que eu continuo igual. Vou presidir o senado, mas sou igual. Não volto maior, nem menor do que ninguém. Não estou, definitivamente, em busca de protagonismo. Não é isso que me move estar aqui”, reafirmou o agora futuro presidente do Senado.
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