Lira afirma não ver espaço no orçamento para a concessão de reajuste a servidores
O presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), afirmou nesta quinta-feira, 18, que não vê espaço no orçamento público para a concessão de reajustes a servidores, ainda que o Congresso chancele a PEC dos Precatórios. Esta foi a primeira manifestação do deputado sobre a promessa do presidente Jair Bolsonaro de aumentar os salários do funcionalismo caso...
O presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), afirmou nesta quinta-feira, 18, que não vê espaço no orçamento público para a concessão de reajustes a servidores, ainda que o Congresso chancele a PEC dos Precatórios.
Esta foi a primeira manifestação do deputado sobre a promessa do presidente Jair Bolsonaro de aumentar os salários do funcionalismo caso o parlamento aprove o projeto que adia o pagamento de dívidas do governo reconhecidas judicialmente e dribla o teto de gastos, abrindo um espaço de mais de 91 bilhões de reais nas contas públicas.
"Eu, absolutamente, não vi esse espaço. Não conheço esse espaço. Os números que foram apresentados pela Economia para a Câmara dos Deputados não previam esse aumento", disse o parlamentar, em coletiva de imprensa.
Lira argumentou ser importante que a gestão Bolsonaro mantenha na integralidade os compromissos firmados a partir da eventual aprovação da PEC, como o uso dos recursos para bancar o Auxílio Brasil, substituto do programa Bolsa Família. "Não me lembro, a não ser que esteja errado, que tenha espaço para dar aumento a funcionários naquela proporção da abertura do espaço orçamentário."
Aprovada pela Câmara no início deste mês, a PEC está em trâmite no Senado, onde ainda precisa ser avalizada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e em plenário -- a previsão é de que haja a conclusão deste processo em 30 de novembro.
Lira reconheceu que o projeto pode passar por ajustes no Salão Azul, mas disse torcer para que cerca de 95% do texto chancelado pelos deputados seja mantido. "Nós esperamos que não haja grandes modificações, pelo pouco tempo que há na implantação do programa. Mas, lógico, respeitamos qualquer decisão que venha do Senado. As conversas têm sido boas com o relator e os líderes das bancadas no Senado", comentou.
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Comentários (5)
PAULO
2021-11-18 22:01:58Agora estamos reféns de um presidente misantropo, misógino e misólogo. E sinceramente, o diversionismo do Bolsonaro e do Guedes com a nossa cara, já passou de todos os limites aceitáveis. Vamos imprimir dinheiro e distribuir para todo mundo. Não somente para os miseráveis, que é legítimo neste momento. Não somente para os servidores, que não se justifica. Dinheiro para todo mundo. Vamos virar a Suíça. Vamos torrar no Carnaval. Aproveitem! Antes do Nero colocar fogo em tudo. Moro 🇧🇷
Dalton
2021-11-18 21:41:21Enquanto bilhões vai para o bolso dos parlamentares sem precisar nem sequer prestar contas, o servidor público do executivo vai se ferrando com inflação aumentando, sem ao menos a reposição do salário. Cadê os sindicatos federais? Acho que está na hora de uma greve geral?
Joao Batista Da Costa
2021-11-18 21:02:19será que vai faltar dinheiro para o orçamento paralelo que ele comanda?
MARCOS
2021-11-18 20:46:15SR. INVESTIGADO LIRA, CORRE DESSA ENQUANTO É TEMPO.
Waldemar
2021-11-18 18:44:59Espaço orçamentário é um termo usado para legitimar o aumento da dívida pública e por consequência da inflação, que estava esquecida por todos.O sacrifício em prol dos muito pobres em tempos de pandemia se justifica.Mas neste “espaço” está sendo dado dinheiro público para políticos em época de eleição e aumento do funcionalismo na esperança de que estes sejam seduzidos a reeleição de todos os políticos.Maldades para o próximo PR e no C do povo como sempre.