Líderes vão discutir urgência para projeto que libera mineração em terras indígenas
Diante da pressão do Planalto, líderes partidários vão debater a proposta de regime de urgência para o projeto que libera a mineração em terras indígenas. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, do Progressistas, os líderes devem tomar uma decisão sobre o regime de tramitação do texto até esta quarta-feira, 9. O...

Diante da pressão do Planalto, líderes partidários vão debater a proposta de regime de urgência para o projeto que libera a mineração em terras indígenas. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, do Progressistas, os líderes devem tomar uma decisão sobre o regime de tramitação do texto até esta quarta-feira, 9.
O presidente Jair Bolsonaro, um dos maiores defensores da proposta, quer a aprovação do texto até o fim de março. Para isso, ele tem pressionado integrantes da base aliada. A proposta de autoria do Executivo tramita na casa há dois anos. Nesta segunda-feira, 7, Bolsonaro afirmou que a guerra entre a Ucrânia e a Rússia é uma “boa oportunidade” para garantir a aprovação do projeto.
“Com essa crise internacional dado à guerra, o Congresso sinalizou votar esse projeto em regime de urgência, espero que seja aprovado na Câmara agora em março”, afirmou o presidente da República, em entrevista a uma rádio de Roraima. “Na crise, apareceu boa oportunidade para gente”.
O argumento de Bolsonaro é que a exploração de terras indígenas é indispensável para a extração de potássio, mineral usado na produção de fertilizantes. Mas boa parte das reservas do mineral está fora de terras indígenas.
O projeto em debate na Câmara regulamenta a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos em reservas indígenas. De acordo com a Constituição, essas atividades só podem ser realizadas em solo indígena com prévia autorização do Congresso, por meio de decreto legislativo, e mediante consulta às comunidades afetadas, as quais é assegurada participação nos resultados.
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Comentários (9)
William Justino dos Santos
2022-03-09 17:34:38Não sei opinar sobre mineração nas terras indígenas....entretanto temos que entender que índio é gente como nós. Nós também fomos índios... Não vejo porque tratar os índios de forma diferente de nós.
Cleusa
2022-03-09 12:39:35Querem deixar passar mais uma boiada enquanto a população está atenta a guerra. Uma vergonha, mais um desastre para o Brasil
Ferreira
2022-03-09 09:07:43É como se os legítimos ocupantes das Américas Pré-Colombianas jamais houvessem existido. Perdoem a ironia a seguir, mas, pelo jeito, seus descendentes agora dependem até de autorização do PGR para escolher as cores com que se pintam.
Jandira
2022-03-09 07:36:43Canalhice pouca é bobagem!!@
Luiz
2022-03-09 07:12:40Essa guerra expôs que o agronegócio brasileiro é totalmente dependente de fatores externos, apenas o local do plantio e colheita é do Brasil.
Nyco
2022-03-08 21:56:11O potássio fora ou dentro de reservas indígenas tem que ser explorado, é nosso, é do Brasil. Não podemos ficar refém da boa vontade de países estrangeiros. Somos uma superpotência do agro e não podemos nos dar ao luxo de quebrar.
Jaime Luiz Remor
2022-03-08 21:39:43Falácia pura. E o projeto Carnalita no Sergipe???????
Sônia Adonis Fioravanti
2022-03-08 20:05:42VERGONHOSA ATITUDE DE COR RUPTOS ALIADOS A BOZO ,destruindo a Amazônia .MEIO AMBIENTE NA LATRINA
ALVARO MARCAL MENDONCA
2022-03-08 19:55:59Trabalhei alguns anos na área da mineração. Sei que as reservas localizadas, fora das áreas indígenas, podem sustentar a indústria de fertilizantes, por mais 80 anos, Balela e oportunismo. do Bolsonaro, para passar uma boiada de mineradores de outras substâncias. Pesquisem!