Liberais e libertários se consolidam como terceira força política na Argentina
Uma pesquisa feita em meados de abril pelo instituto Solmoirago aponta que o movimento dos liberais e libertários consolidou-se como a terceira maior força política da Argentina, com 12,5% das intenções de voto. Os dois principais integrantes desse grupo são os deputados Javier Milei (foto) e José Luis Espert, eleitos em novembro do ano passado....
Uma pesquisa feita em meados de abril pelo instituto Solmoirago aponta que o movimento dos liberais e libertários consolidou-se como a terceira maior força política da Argentina, com 12,5% das intenções de voto. Os dois principais integrantes desse grupo são os deputados Javier Milei (foto) e José Luis Espert, eleitos em novembro do ano passado.
Na última década, a política argentina tem sido dominada por duas forças. A que hoje tem mais apoiadores é a Juntos pela Mudança (Juntos por el Cambio, em espanhol), liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri, hoje na oposição. O grupo conta com 31,6% das intenções de voto. Em segundo lugar está o movimento Frente de Todos, de peronistas e kirchneristas. Inclui o presidente Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, e conta com 24,2% das intenções de voto.
Essa divisão se refletiu nas últimas eleições legislativas, em novembro do ano passado, quando a oposição ficou à frente com 44% dos votos e os candidatos próximos do governo, com 33%. Os liberais e libertários tiveram votações distintas, a depender das regiões do país. Milei teve 17% na capital. Espert teve 5% na província de Buenos Aires.
Seis meses após as eleições legislativas, o percentual dos liberais e libertários, de 12,5% em todo o país, indica que não se trata de um fenômeno passageiro.
"Desde janeiro, temos visto uma pequena diminuição nas forças majoritárias e um aumento dos liberais e libertários, encabeçados por Milei e Espert. Há, portanto, uma consolidação desse espaço novo", diz Cristian Solmoirago, diretor do instituto que leva o seu nome.
"Isso ocorre porque seus líderes são economistas liberais que propõem medidas radicais para diminuir a inflação e os gastos dos políticos. É um discurso que está ressoando muito forte nos setores jovens, entre 16 a 25 anos", diz Solmoirago. "Além disso, o discurso contra os políticos de Milei, que se autodenomina apenas um economista, também cai muito bem nessa faixa de idade."
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Comentários (5)
Ivan
2022-04-25 20:06:47Será que os hermanos conseguem se libertar da herança Peronista? No Brasil FHC tentou mas aí veio Lula e retrocedemos ao neo-getulismo. Bolsonaro fez oposição mas para cairmos num neo-integralismo a la Plinio Salgado. Trocando católicos por evangélicos. Pelo menos P Salgado era honesto. Não tinha rachadinha. Liberais honestos e democratas? João Amoedo. Mas nem no partido que ele criou tem espaço.
Ferreira
2022-04-25 16:44:08Milei, Espert, ... Turgot, Quesnay, Gournay, AdamSmith... a história pendula. uma hora bate em Chico, outra, em Francisco. O cabo do machado é sempre do mesmo pau. O que muda é a direção da lâmina. Em uma vez corta pequenos "privilégios" do povo, como o direito a uma renda mínima pós-laboral (aposentadoria). De outra feita corta, novamente do povo, metade do que sobrou do primeiro corte de "privilégios". Até que, por fim, nada resta, senão os Joelhos de Jó, sobre o pó dos ossos esmagados.
Eduardo
2022-04-25 13:30:06É o “tar” de PSDB que surgiu há cerca de 100 anos e que dá seus últimos suspiros no Brasil. A Argentina só tem um partido: o cadáver de Peron. E o Brasil o Cadaver de Getúlio e o “neo” Centrão criado por ele com o modelito PSD (direitão) e PTB (esquerdinha). Bem feito pros hermanos e para o Brasil.
Amaury G Feitosa
2022-04-25 12:33:36Como nós uma nação duvidida entre ignorância e fanatismo ... nós somos eles amanhã? Muito provavelmente já que temos algo bem comum ... pessimos políticos.
Sergio
2022-04-25 11:55:09Chapa Macri/Milei imbatível.