Lavrov zomba do Ocidente com camiseta da União Soviética
Com o acrônimo CCCP (URSS), ministro de Relações Exteriores russo mostra que Rússia não irá entregar territórios conquistados

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov (foto), foi ao hotel onde haverá uma reunião entre Donald Trump e o ditador russo Vladimir Putin com uma camiseta com as letras CCCP, um acrônimo para a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a União Soviética.
Lavrov ostentou a camiseta em diversas entrevistas com jornalistas.
O encontro entre Trump e Putin, para discutir a invasão russa da Ucrânia, acontece nesta sexta, 15, no Alasca.
A atitude é pura zombaria, feita sob medida para desmoralizar qualquer tentativa de convencer os russos a cederem territórios conquistados na Ucrânia.
Expansionismo soviético
A União Soviética tinha um viés claramente expansionista.
Geórgia, Armênia e Azerbaijão foram invadidos e anexados nos anos 1920.
Após a derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, o presidente americano Franklin Roosevelt e o ditador soviético Josef Stalin se encontraram em Yalta, no Mar Negro, para decidir o que fazer com os territórios liberados.
Stalin prometeu que os países do Leste Europeu teriam eleições livres.
Não foi o que ocorreu. A União Soviéticia interferiu nas eleições e defenestrou (isto é, jogou pela janela) todos os que se opuseram à tentativa de Moscou de submeter seus países.
Os soviéticos também não arredaram o pé da Alemanha Oriental, país para onde Vladimir Putin foi enviado, como funcionário da temida KGB.
No poder, Putin ordenou a invasão na Geórgia e na Ucrânia, onde tropas russas seguem submetendo a população local.
A mensagem da camiseta de Lavrov é que a Rússia não irá arredar o pé dos territórios conquistados.
E, pior, que pode ir ainda mais longe, ignorando totalmente as reclamações do Ocidente.
Putin e Lavrov ainda continuam fazendo troça da Carta da ONU, que defende a soberania e a autodeterminação dos povos.
Não há como negociar a paz com alguém que defende a guerra e a invasão de outros países.
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