Justiça nega pedido do MPF e mantém ex-missionário em coordenação da Funai
A juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara Cível do Distrito Federal, negou pedido do Ministério Público Federal e manteve, nesta terça-feira, 18, a nomeação do ex-missionário Ricardo Lopes Dias como coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Fundação Nacional do Índio, Funai. Em ação civil pública ajuizada na última terça-feira, 11,...
A juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara Cível do Distrito Federal, negou pedido do Ministério Público Federal e manteve, nesta terça-feira, 18, a nomeação do ex-missionário Ricardo Lopes Dias como coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Fundação Nacional do Índio, Funai.
Em ação civil pública ajuizada na última terça-feira, 11, a Procuradoria pediu a anulação da contratação sob a justificativa de que, por 10 anos, Ricardo integrou a Missão Novas Tribos do Brasil, MNTB, entidade conhecida pelo trabalho de evangelização de indígenas, prática condenada por entidades de proteção e antropólogos. O MP acrescentou que há conflito de interesses na nomeação e levantou o risco de retrocesso na política de não contato adotada pelo Brasil em 1980.
A magistrada, no entanto, entendeu que a proteção aos povos indígenas, em especial os isolados, está assegurada pela “Constituição Federal, pela lei e por vários outros atos normativos”. “Entretanto, inexiste comprovação inequívoca (exigida para o deferimento da medida em análise) de que atos impugnados nesta ação desrespeitam os preceitos da Constituição de 1988, violam tratados internacionais de direitos humanos assinados pelo Brasil e foram praticados em desvio de finalidade”, emendou Ivani Silva.
A juíza acrescentou que, conforme dados disponibilizados pela Funai, compete à Diretoria Colegiada “estabelecer diretrizes e estratégias, bem como examinar e propor ações para proteção territorial e promoção dos povos indígenas”. “Dessa maneira, o agente público nomeado para o cargo em tela não tem poder para alterar monocraticamente a política pública para os povos isolados e de recente contato”, observou. Além disso, segundo Ivani Silva, se o Judiciário anulasse a nomeação, estaria invadindo competência exclusiva do poder Executivo.
A admissão de Rodrigo foi possível apenas porque, dias antes da nomeação, a Funai alterou os critérios para a escolha do coordenador-geral de proteção aos isolados. O presidente da Fundação, Alexandre Xavier, publicou portaria que autoriza pessoas de fora da administração pública a assumirem o cargo. Até então, somente servidores efetivos poderiam ocupar o posto. Em relação ao ato, a juíza alegou que a norma foi editada “em conformidade com o poder regulamentar de que dispõe a administração pública”.
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Comentários (7)
Gino
2020-02-19 09:15:16que a boa nova de Cristo muda destrói culturas. Muito pelo contrário, o evangelho valoriza todas elas.
Miguel
2020-02-18 21:23:08gadelha de saias, o nome do missionário é Ricardo ou Rodrigo? Estás substituindo o gacelha para ele comparecer à reunião do PT?
Waldemar
2020-02-18 21:02:22Fiquei surpreso com a imponência do prédio da FUNAI. Não deve custar pouco. Eu preferiria que estes recursos fossem aplicados na educação, na assistência à saúde dos nossos irmãos indígenas e em instalações menos luxuosas. Será que no Amazonas, Acre, Mato Grosso existem postos bem equipados? Não sei quantos servidores tem a FUNAI em Brasília. Desconfio que muitos não conhecem nem um caboclo, quanto mais um índio. Espero estar errado, e muito. Mais Brasil. Menos Brasília.
Jose
2020-02-18 20:59:32Mais uma barbaridade Bozista. É por esta é por outras que os investidores fugiram. Só voltarão quando o pesadelo do Bozismo estiver desaparecido.
LUIZ
2020-02-18 20:50:15Tudo isso por que o cara era missionário e ensinava os indígenas coisas bizarras como amar o próximo como a ti mesmo e não cometerem infanticídio. Antropólogos ideólogos de caso com procuradoria.
Rafael
2020-02-18 20:29:27Tem que fazer lavagem cerebral ateísta marxista, evangelização, os antropólogos cholam. Dai-me paciência!
Zenobio
2020-02-18 20:03:23Quem é Rodrigo citado no fim da reportagem? Começa com Ricardo ... sei lá