Justiça bloqueia bens de ex-secretário de Witzel por contratos superfaturados
O juiz Bruno Bodart, da 6ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro, determinou nesta terça-feira, 28, o bloqueio de bens do ex-secretário da Saúde do governo Wilson Witzel e de outros três ex-funcionários da pasta por suposto superfaturamento na compra de testes rápidos para Covid-19. Edmar Santos (foto) foi preso no início do...
O juiz Bruno Bodart, da 6ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro, determinou nesta terça-feira, 28, o bloqueio de bens do ex-secretário da Saúde do governo Wilson Witzel e de outros três ex-funcionários da pasta por suposto superfaturamento na compra de testes rápidos para Covid-19.
Edmar Santos (foto) foi preso no início do mês acusado de desviar dinheiro de contratos emergenciais para combater a pandemia do novo coronavírus no Rio, como o destinado à compra de respiradores e à construção de hospitais de campanha. O Ministério Público fluminense apreendeu cerca de 8,5 milhões de reais com o ex-secretário de Witzel, que negocia uma delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
Edmar foi exonerado do cargo no fim de maio, após ser envolvido nos escândalos dos gastos com Covid-19 por Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde que também teve os bens bloqueados pela Justiça estadual. Segundo a decisão, o grupo é acusado de direcionar e superfaturar contratos para a compra de 820 mil testes rápidos de coronavírus.
De acordo com o MP do Rio, os contratos atingiram a cifra de 129,6 milhões de reais e foram feitos sem estimativa prévia de preços. Uma das empresas contratadas, a Total Med, recebeu um pagamento antecipado de 9 milhões de reais do governo do estado um dia após assinar o contrato com a Secretaria da Saúde, em março, na gestão de Edmar Santos.
Os escândalos de corrupção envolvendo gastos emergenciais do governo Witzel durante a pandemia levaram à abertura de um processo de impeachment do governador na Assembleia Legislativa do Rio. A comissão especial que vai analisar o caso de Witzel na Alerj foi dissolvida na segunda-feira, 27, por decisão do ministro Dias Toffoli. O presidente do STF acolheu um pedido da defesa do governador que aponta irregularidades na tramitação do processo na Assembleia fluminense.
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