Javier Milei passa a caneta, literalmente, em ministérios
Candidato à Presidência da Argentina mais votado nas primárias, no domingo passado, Javier Milei foi à televisão ontem, terça-feira (15), para apresentar com ludicidade a sua proposta para enxugar o gabinete ministerial do Estado. Ele rabiscou a caneta, em uma lousa, todos os ministérios que pretende fechar. A cena aconteceu durante entrevista ao canal televisivo...
Candidato à Presidência da Argentina mais votado nas primárias, no domingo passado, Javier Milei foi à televisão ontem, terça-feira (15), para apresentar com ludicidade a sua proposta para enxugar o gabinete ministerial do Estado.
Ele rabiscou a caneta, em uma lousa, todos os ministérios que pretende fechar. A cena aconteceu durante entrevista ao canal televisivo do jornal La Nación.
Milei sugeriu eliminar 11 dos 18 ministérios existentes.
Os alvos são esperados de um candidato autodeclarado libertário, ou seja, um defensor radical da redução do Estado. Eles também servem à sua retórica antissistema.
Dentre o que propõe eliminar, estão as pastas das Mulheres, do Meio Ambiente, do Trabalho e da Educação, assim como os da Cultura e da Ciência. Milei propõe até mesmo o fim do Ministério da Saúde.
Haveria apenas 8 pastas. Sobreviveriam os ministérios de Economia, Justiça, Relações Exteriores, Defesa, Segurança, Interior e Infraestrutura.
A oitava pasta seria a do Capital Humano, que incorporaria as funções hoje exercidas por Saúde, Trabalho, Educação e Desenvolvimento Social.
Milei já tem o nome para comandar esse chamado “superministério”. Trata-se de Sandra Pettovello, assessora da campanha para temas de saúde e infância.
Se o candidato conseguir impor sua vontade, ele reduzirá o gabinete ministerial do Estado argentino ao seu menor tamanho desde a década de 1990, ao final do segundo mandato de Carlos Menem, o peronista liberal ídolo de Milei.
Essa cena do candidato lembra a de Jair Bolsonaro em 2018.
O então presidenciável do PSL prometeu que governaria com apenas 15 ministérios — o Brasil tinha 23 na época.
Entretanto, o governo Bolsonaro começou com 22 pastas e terminou o mandato com 23, o mesmo número que recebera de Michel Temer.
Assim como no Brasil, o presidente da Argentina precisa do aval do Congresso para implementar uma reforma ministerial.
E, apesar de ter vencido as primárias com quase 10 pontos de vantagem do segundo colocado, os deputados de seu partido, Liberdade Avança, não se saíram tão bem.
A estimativa ainda é de que Milei não consiga maioria no Congresso.
O primeiro turno das eleições gerais da Argentina está marcado para 22 de outubro.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2023-08-16 13:06:13Ali Babá e o ladraum do circo Brazyllis se contentam com quarenta ... um Estado inchado só favorece os ladrões e ditadores a esmagar os povos em desespero e eterna agonia ... tesoura na burocracia sim que a coisa anda melhor.