Foto.: Beto Barata/ PL.

Jair Bolsonaro, o ex mais inelegível do Brasil

25.12.23 13:14

O 2023 de Jair Bolsonaro (PL, foto, à direita) não correu muito suave. Após perder a eleição para Lula, no fim de 2022, o maior líder de direita no Brasil partiu para os Estados Unidos, antes mesmo do fim de seu mandato. As férias no exterior, que acabariam três meses depois, se tornaram alvo de uma das várias investigações que acossaram o ex-presidente da República ao longo do ano.

Bolsonaro foi investigado pela venda de presentes recebidos enquanto era presidente da República. Também foi questionado pela adulteração de seu cartão de vacina durante a pandemia de Covid, numa operação que levou policiais a sua casa, com mandatos de busca e apreensão.

Mas a grande derrota do ano foi a imposição de um período de oito anos de inelegibilidade, por ter promovido uma reunião com embaixadores estrangeiros para pôr em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.

Apesar de todos esses percalços, Bolsonaro manteve o capital político e conseguiu sustentar sua popularidade ao longo do ano. O ex-presidente segue reunindo apoiadores por onde passa — tudo devidamente gravado e postado em suas redes sociais.

O próximo teste

Mesmo inelegível, Bolsonaro deve testar sua relevância política nas eleições de 2024. Ele segue cortejado com o cabo eleitoral para as municipais do próximo ano, com um roteiro particularmente agitando na capital paulista.

Bolsonaro alternou nos últimos meses acenos para o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que conta com a boa vontade do presidente do PL, Valdemar Costa Neto (foto, à esquerda), para tentar a reeleição, e para o deputado Ricardo Salles (PL_SP), a quem o ex-presidente disse dever uma retribuição pelo serviço como ministro do Meio Ambiente.

Logo depois de começar a circular a informação de que Bolsonaro ainda pretendia lançar Salles pelo PL para concorrer contra o favorito das pesquisas, o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), Valdemar veio a público dizer que a opção por Nunes já foi tomada.

O ex-presidente não deixa sua posição clara, contudo, e segue jogando com seu capital político na sucessão da maior cidade do país.

O destino do candidatos apoiados por Bolsonaro em 2024 dará a medida exata do tamanho político do ex-presidente após a condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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  1. Quem deseja mesmo mudança deve pensar que já passou da hora de estar apresentando nomes fortes para política e eleitorado. Enquanto deixarem o Bozo reinando nas notícias de todos os jornais, mais ele conseguirá sua "imortalidade".

  2. A oposição democrática ao PT deveria escolher alguém qualificado para começar a trabalhar para as próximas eleições presidenciais. Reconhecer que Bolsonaro foi um erro crasso e que insistir no erro será outra estupidez.

    1. Concordo Sérgio , Brasil tem síndrome de vira lata, gosta de criar Mitos , tomara que não criem a Micheque honesta !!!

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