Itamaraty prega diálogo para evitar 'escalada da violência' em crise entre Rússia e Ucrânia
Diante do aumento da tensão na Europa, provocado por mais uma investida do presidente da Rússia, Vladimir Putin, contra a Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores, comandado por Carlos França, apelou para que as nações envolvidas nas negociações "evitem uma escalada de violência". O Itamaraty pronunciou-se em nota na manhã desta terça-feira, 22, um dia...
Diante do aumento da tensão na Europa, provocado por mais uma investida do presidente da Rússia, Vladimir Putin, contra a Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores, comandado por Carlos França, apelou para que as nações envolvidas nas negociações "evitem uma escalada de violência".
O Itamaraty pronunciou-se em nota na manhã desta terça-feira, 22, um dia após Putin reconhecer a independência das províncias de Luhansk e Donetsk, localizadas na Ucrânia e controladas por separatistas pró-Moscou, e autorizar o envio de tropas militares às regiões sob o pretexto de "manutenção da paz".
No texto, o ministério ainda pegou que os países "estabeleçam, no mais breve prazo, canais de diálogo capazes de encaminhar de forma pacífica a situação no terreno". "Diante da situação criada em torno do status das autoproclamadas entidades estatais do Donetsk e do Luhansk, o Brasil reafirma a necessidade de buscar uma solução negociada, com base nos Acordos de Minsk, e que leve em consideração os legítimos interesses de segurança da Rússia e da Ucrânia e a necessidade de respeitar os princípios da Carta das Nações Unidas", escreveu.
O Itamaraty também divulgou a íntegra do pronunciamento do embaixador Ronaldo Costa Filho no Debate do Conselho de Segurança da Nações Unidas sobre a questão da Ucrânia, realizado na segunda-feira. Na ocasião, Costa Filho disse que uma das medidas prioritárias nas negociações deve ser o "cessar-fogo imediato, com a retirada abrangente de tropas e equipamentos militares".
"Tal desengajamento militar será um passo importante para construir confiança entre as partes, fortalecer a diplomacia e buscar uma solução sustentável para a crise", afirmou. "Não nos enganemos: no final das contas, estamos falando sobre a vida de homens, mulheres e crianças inocentes no terreno", completou.
Depois do avanço da Rússia sobre o território ucraniano, os Estados Unidos anunciaram, na segunda-feira, sanções contra Donetsk e Luhansk, com o veto a novos investimentos, comércio e financiamento americanos nas duas províncias separatistas. O governo Joe Biden ainda antecipou que adotará medidas especificamente contra a Rússia.
Além disso, na manhã da terça-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, impôs restrições contra cinco bancos russos e três executivos de alto escalão do país.
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Comentários (3)
Suzane
2022-02-22 17:54:25Esse apelo brasileiro pela paz tem a mesma força das declarações do Vaticano sobre os conflitos em geral: absolutamente nenhuma...
Mario
2022-02-22 12:52:59Putin sentiu a desarticulação do ocidente e decidiu que era o momento de começar a reconquistar o que considera seu, de forma truculenta. Com os esforços diplomáticos em colapso, o Ocidente começa a retaliar. A diplomacia não mais surte efeito. E ao invés de condenar a invasão russa, o Braziu prefere seguir na base do paz e amor, anti-OTAN. Grande Anão Diplomático esse país, como os israelenses uma vez bem nos definiram.
Amaury Feitosa
2022-02-22 11:14:44a Rússia continuará fazendo violência à Ucrânia os EUA verão e "adotarão medidas restritivas" e os massacrados continuarão vítimas .. de russos e americanos e um belo dia dos chineses.