Itamaraty não menciona Irã em nota sobre atentado à AMIA
O Itamaraty publicou uma nota em memória dos 30 anos do atentado ao centro comunitário judaico Asociação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires, sem mencionar o regime do Irã, apontado pelas autoridades argentinas como mandante do ataque. "No trigésimo aniversário do atentado terrorista contra a AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), ocorrido em 18 de...
O Itamaraty publicou uma nota em memória dos 30 anos do atentado ao centro comunitário judaico Asociação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires, sem mencionar o regime do Irã, apontado pelas autoridades argentinas como mandante do ataque.
"No trigésimo aniversário do atentado terrorista contra a AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), ocorrido em 18 de julho de 1994, o governo brasileiro recorda com pesar as dezenas de vidas perdidas e reafirma o seu mais absoluto repúdio ao antissemitismo e ao terrorismo em todas as suas formas", diz a nota do Itamaraty sem acrescentar mais nada.
As autoridades argentinas, recém-reafirmadas por decisão judicial em segunda instância, concluíram a participação do Irã e do Hezbollah no crime, assim como no ataque a bomba à embaixada de Israel em Buenos Aires dois anos antes, em 1992.
Mais de 80 pessoas morreram e outras 300 ficaram feridas no ataque à AMIA.
Ameaça do Irã
O regime teocrático do Irã ameaçou o governo democrático da Argentina nesta semana, em meio à memória do atentado de 1994 ao centro comunitário judaico Asociação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires.
Alguns dias antes, no domingo, 14, o jornal iraniano escrito em inglês Tehran Times publicou um artigo de autoria anônima disseminando ameaças e mentiras sobre o atentado, atribuído por autoridades argentinas e internacionais ao Irã e à sua milícia libanesa, o Hezbollah.
"À medida que nos aproximamos do 30º aniversário da explosão no edifício da Associação Sionista Argentina em Buenos Aires, parece que estamos no limiar de um novo desenvolvimento após três décadas de ambiguidade e desvio no caso de um crime", escreve o Tehran Times, que é controlado pelo regime através da entidade de propaganda Organização de Desenvolvimento Islâmico.
"Sem dúvida, Teerã não esquecerá as políticas anti-iranianas de Buenos Aires. Mas o Irã mostrou que não joga facilmente no tabuleiro de xadrez do inimigo, mas no momento certo e na posição certa, irá impor o seu próprio jogo ao inimigo e fazê-lo arrepender-se da sua inimizade com o Irã", acrescenta.
A birra de Teerã com o governo democrático da Argentina disparou após o alinhamento automático com Israel por parte do novo presidente argentino, Javier Milei, há menos de oito meses no cargo.
É o regime de Teerã que está por trás tanto do Hezbollah quanto do Hamas, por meio de financiamento e treinamento militar, para atingir o Estado de Israel e desestabilizar a região. Cabe recordar que os libaneses também participaram dos atentados de 7 de outubro com ataques a mísseis ao norte para distrair as defesas israelenses.
Leia em Crusoé: Precisamos falar sobre o Hezbollah
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Comentários (3)
Amyr G Feitosa
2024-07-19 11:13:32Faca o digo nunca o que faço ... suptema hipocrisia da ditsdura.
100413CAIO02
2024-07-18 20:33:37O governo brasileiro insisti em proteger o Irã e seus terroristas, como Hamas e o Hezbollah, e o Itamaraty, dominado pelo esquerdismo obedece cegamente o que determina o chefe Lula da Silva!
ADRIANO
2024-07-18 19:48:57DIPLOMACIA DE. COVARDES❗️