Israel concorda com "pausa humanitária" contra poliomielite em Gaza
O governo de Israel aceitou uma proposta do Hamas para uma "pausa humanitária" pela vacinação de crianças contra a poliomielite em Gaza. A medida não é um cessar-fogo. O anúncio é do representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Palestina, Rik Peeperkorn. "Acho que este é um caminho a seguir. Não vou dizer que...
O governo de Israel aceitou uma proposta do Hamas para uma "pausa humanitária" pela vacinação de crianças contra a poliomielite em Gaza. A medida não é um cessar-fogo.
O anúncio é do representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Palestina, Rik Peeperkorn.
"Acho que este é um caminho a seguir. Não vou dizer que é o caminho ideal, mas é um caminho viável. Não fazer nada seria realmente ruim", disse Peeperkorn.
O acordo entre Israel e Hamas ocorre após uma bebê de 10 meses ser diagnosticado com polio em Deir al-Balah, no centro de Gaza. Esse foi o primeiro caso registrado no enclave em 25 anos.
"Temos que interromper essa transmissão em Gaza e evitar a transmissão fora da Faixa de Gaza", afirmou Peeperkorn.
As "pausas humanitárias" se limitaram a três dias, com o primeiro sendo neste domingo, 1º de setembro.
Em cada dia, uma área diferente de Gaza será palco da campanha de vacinação, começando pelo centro, depois o sul e, por fim, o norte.
Israel se comprometeu a interromper suas ofensivas das 6h às 15h em cada uma dessas áreas enquanto estiver ocorrendo a vacinação.
Comandante da Jihad Islâmica é eliminado na Cisjordânia
No segundo dia de uma vasta operação antiterrorista na Cisjordânia, o exército israelense afirmou ter eliminado cinco terroristas palestinos, incluindo um dos comandantes da Jihad Islâmica.
A informação foi confirmada pelo grupo islâmico. Os ataques também continuam em Gaza, onde as FDI afirmam ter eliminado “dezenas de terroristas”.
A ONU, por sua vez, apresentou preocupação com a operação israelense, alertando para o risco de “agravar uma situação já catastrófica” no território palestino.
Na quarta-feira, 28, o exército israelense já tinha dito que tinha eliminado nove combatentes depois de lançar colunas de veículos blindados contra Jenin, Tulkarem, Toubas, onde os grupos armados que lutam contra Israel são particularmente ativos.
Os cinco terroristas eliminados na quinta-feira no campo de Nour Chams, em Tulkarem, estavam “escondidos em uma mesquita”, segundo o exército. Mais de 13 mil palestinos estão amontoados neste campo inaugurado em 1952 em um quinto de quilômetro quadrado.
Jihad Islâmica confirma morte
A Jihad Islâmica anunciou quinta-feira, 29, a morte do seu “comandante” Mohammed Jaber (foto) conhecido como “Abou Choujaa” no campo de refugiados de Nour Shams em Tulkarem.
“Abou Choujaa, comandante da brigada Tulkarem das brigadas al-Quds”, braço armado da jihad islâmica, movimento islâmico muito estabelecido nos campos de refugiados do norte da Cisjordânia, “morreu com vários dos irmãos da sua brigada depois de uma luta heróica contra os soldados da ocupação israelense", diz o comunicado de imprensa do grupo. O exército israelense acusa Abou Choujaa, em particular, de ter estado “envolvido em vários ataques terroristas” e de ter ordenado um tiroteio em junho que matou o civil israelense, Amnon Muchtar.
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