Iraniano acusado de envolvimento em atentado na Argentina participa da posse de Ortega
O Ministério de Relações Exteriores da Argentina divulgou nesta terça, 11, uma nota condenando a presença do iraniano Mohsen Rezai (foto) na posse do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. Na cerimônia realizada na capital Manágua, Rezai apareceu sorridente e à vontade ao lado dos ditadores Nicolás Maduro, da Venezuela, Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Daniel...
O Ministério de Relações Exteriores da Argentina divulgou nesta terça, 11, uma nota condenando a presença do iraniano Mohsen Rezai (foto) na posse do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. Na cerimônia realizada na capital Manágua, Rezai apareceu sorridente e à vontade ao lado dos ditadores Nicolás Maduro, da Venezuela, Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Daniel Ortega, o nicaraguense.
Rezai, que foi nomeado vice-presidente para assuntos econômicos do Irã em agosto do ano passado, é acusado de ter sido o autor intelectual do atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelense Argentina, Amia, em 1994, que deixou 85 mortos. Terroristas do Hezbollah, financiados pelo Irã, detonaram um carro cheio de explosivos ao lado do edifício, que desabou. Naquele ano, Rezai era o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, que coordena e realiza as ações militares da teocracia iraniana no exterior.
"Sua presença em Manágua constitui uma afronta à Justiça argentina e às vítimas do brutal atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina, Amia, cometido em 18 de julho de 1994", diz o comunicado do Ministério. "O governo argentino exige mais uma vez que o governo do Irã coopere plenamente com a Justiça argentina, permitindo que as pessoas acusadas de participar do atentado contra a Amia sejam julgadas pelos tribunais competentes."
Incômodo no peronismo
Em um comunicado, a Amia criticou o governo do presidente Alberto Fernández por não ter retirado seu embaixador, Daniel Capitanich, da cerimônia quando já era notória a presença de Mohsen Rezai.
"A responsabilidade do governo da Argentina, ao tomar conhecimento da presença de Rezai na Nicarágua, era a de exigir que esse país o prendesse, o que não foi feito", diz o argentino Claudio Epelman, diretor do Congresso Judeu Latino-Americano. "Quase 28 anos após o atentado, é hora de se perguntar por que ninguém até agora foi preso como responsável pelo ataque."
A participação de Mohsen Rezai na posse de Daniel Ortega e a inação argentina geram um incômodo para o governo atual. A vice-presidente, Cristina Kirchner, foi acusada de traição à pátria por costurar um "memorando de entendimento" com o Irã, em que os acusados de terrorismo seriam processados e julgados por tribunais iranianos, o que evitaria a punição aos culpados.
Em 2017, o juiz federal Claudio Bonadio pediu a prisão preventiva de Cristina Kirchner pelo crime de ter acobertado os terroristas. Como era senadora, ela gozava de foro privilegiado e não foi detida. Bonadio justificou a prisão preventiva dizendo que os acusados de proteger os terroristas tinham relações com vários sujeitos, sem especificar quais eram. Segundo o juiz, isso poderia implicar que eles "mantinham vínculos para obstaculizar a investigação e, até, evitar a aplicação da lei penal". Dois anos depois, o Supremo Tribunal da Argentina confirmou a ordem de prisão preventiva.
No ano passado, um tribunal votou pela anulação da acusação contra Cristina Kirchner por falta de provas. "A acusação contra Cristina de traição à pátria foi trocada por encobrimento. Então, uma estranha resolução judicial a declarou inocente, antes que se começasse o julgamento", diz Epelman.
A investigação em que se baseou o juiz Claudio Bonadio foi produzida pelo promotor Alberto Nisman, que foi encontrado morto em seu apartamento, em janeiro de 2015. Apesar de Cristina, à época, ter insinuado que se tratou de um suicídio, uma perícia policial concluiu que se tratou de um homicídio.
Em 2019, a Argentina classificou o Hezbollah como grupo terrorista e renovou o pedido à Interpol para prender os acusados de envolvimento no atentado.
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Comentários (10)
MARCIO
2022-01-13 15:35:03Essa é a esquerda que o povo vai colocar no poder em todos os países, é disso que o povo gosta
Luiz
2022-01-13 02:38:41Faltou o Lula nessa foto!
Jaime
2022-01-12 22:52:46A verdade? Se uma Golda Meir da vida estivesse comandando Israel no ano do ataque, os terroristas iriam pro saco ANTES de suas vítimas. Com aquela ali a parada era braba.
Mario
2022-01-12 16:39:30Os jihadistas islâmicos tem visto na esquerda uma oportunidadede lhes financiar a conquista do poder. Quando tomam o poder, aí começa a real dominação, que é a islâmica. Já aconteceu diversas vezes. Por isso os argentinos que se cuidem. A América Central já está se rendendo. Nos EUA o Biden importou milhares de potenciais jihadistas (Afeganistão). No Brasil já vimos como o molusco ama os palestinos. Até hoje não tínhamos a praga islâmica nos ameaçando. Mas isso, infelizmente, pode mudar.
Delmar Faria Freire
2022-01-12 16:36:43Faltou o Luis Inácio Lula da Silva para a foto estar completa.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2022-01-12 14:03:39nemhuma novidade é o velho Movinento Comunista Internacional a promover sua guerra assassina no mundo cujo agente no Brasil é Zé Dirceu criminoso impune a promover guerra contra a nação.
Rui
2022-01-12 13:59:43É a esse grupo pilantras que querem que o Brasil faça parte colocando de novo a esquerda no poder!!!
JULIANA
2022-01-12 13:16:38Que história feia!
Roberto
2022-01-12 13:00:32coisa de máfia. Que mundo é esse???
MARCOS
2022-01-12 12:37:54Com relação a Cristina K, a justiça de lá é igual a justica de cá, só prende PPP. Os criminosos poderosos ficam impunes.