Irã agradece ao governo Lula por apoio contra Israel e EUA
O governo brasileiro condenou as ofensivas de Israel e EUA contra Teerã sem qualquer crítica ao programa nuclear iraniano ou ao financiamento iraniano de grupos terroristas

O embaixador do Irã em Brasília, Abdollah Nekounam, agradeceu nesta quinta-feira, 26, o apoio do governo Lula durante a guerra contra Israel.
"Agradecemos ao governo brasileiro e aos Brics, que condenaram os ataques ao nosso programa nuclear, que é para fins pacíficos e está atuando conforme o direito internacional", disse Nekounam em conversa com jornalistas na sede diplomática do Irã no Brasil.
O diplomata também enalteceu o papel dos Brics, grupo do qual Irã e Brasil fazem parte.
"Os Brics não existem apenas para publicar declarações, mas sim para criar um novo caminho, colocar em ordem as partes que estão falando à ordem internacional", afirmou.
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O lado de Lula
Em 13 de junho, o Ministério de Relações Exteriores brasileiro divulgou uma nota condenando a ofensiva aérea israelense, sem qualquer crítica ao programa nuclear iraniano ou ao financiamento iraniano de grupos terroristas que atacam Israel.
Não há qualquer menção ao direito de defesa israelense — algo que, por exemplo, o presidente francês Emmanuel Macron fez em sua declaração no X.
Em 22 de junho, o Itamaraty condenou "com veemência" os ataques realizados pelos Estados Unidos e por Israel contra três instalações nucleares no Irã, classificando as ofensivas como uma “violação da soberania do Irã e do direito internacional”.
“Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis”, afirmou o comunicado. O governo brasileiro também citou risco de contaminação radioativa e de desastres ambientais.
O Itamaraty cobrou ainda “máxima contenção” de todos os lados e defendeu uma solução diplomática para interromper o ciclo de violência.
Lula já se reuniu com líderes iranianos em 2010, quando tentou um acordo fracassado com o objetivo de ajudar os iranianos, que estavam sendo criticados pelo Ocidente por enriquecer urânio para a produção de uma bomba atômica.
O presidente também tem atacado seguidamente Israel desde o início da guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
Seus exageros retóricos e descaso com os fatos lhe valeram o título de persona non grata em Israel.
Em 2024, o petista enviou o vice Geraldo Alckmin a Teerã para representar o governo brasileiro durante a posse do presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
Na ocasião, Alckmin apareceu ao lado de lideranças de alguns dos principais grupos terroristas do Oriente Médio.
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