Invasão russa preocupa cristãos protestantes na Ucrânia
No discurso em que o presidente da Rússia, Vladimir Putin (foto), negou a existência da Ucrânia como um país soberano e independente, o autocrata disse que "desde tempos imemoriais, as pessoas que viviam no sudoeste do que historicamente tem sido a Rússia chamavam a si mesmas de russas e de cristãos ortodoxos". A frase mostra...
No discurso em que o presidente da Rússia, Vladimir Putin (foto), negou a existência da Ucrânia como um país soberano e independente, o autocrata disse que "desde tempos imemoriais, as pessoas que viviam no sudoeste do que historicamente tem sido a Rússia chamavam a si mesmas de russas e de cristãos ortodoxos".
A frase mostra como Putin, que fez uma aliança com a Igreja Ortodoxa Russa (foto) para fortalecer o seu poder no Kremlin, enxerga os ucranianos que devem ser respeitados.
Essa visão tem causado problemas para os cristãos protestantes, principalmente batistas, que vivem nas regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk, ao leste do país. Desde 2014, essas áreas sofrem com a invasão de soldados russos. Na segunda-feira, 21, Putin declarou que elas são estados soberanos e independentes, separados da Ucrânia. As regiões passaram a ser chamadas de República Popular de Donetsk e República Popular de Luhansk
"As autoridades de ambas as repúblicas autodeclaradas impuseram regras, exigindo o registro de organizações religiosas. Cumprir a regra acabou sendo extremamente difícil para outras igrejas além daquelas alinhadas com a Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou. Uma lista de dezembro de 2019 de 195 organizações religiosas registradas pelas autoridades de Luhansk mostrou que nenhuma permissão foi concedida a nenhuma comunidade protestante", diz um comunicado da ONG Portas Abertas, que ajuda cristãos perseguidos pelo mundo.
O momento atual lembra o período da União Soviética. Sem reconhecimento oficial, as igrejas não têm acesso a gás, eletricidade ou água, o que torna as atividades praticamente impossíveis.
Em junho do ano passado, três igrejas protestantes foram proibidas pelas autoridades de Donetsk e outras tiveram seus prédios confiscados. Em agosto, livros de teólogos protestantes foram colocados em uma lista de "literatura extremista" em Luhansk.
No restante da Ucrânia, até a invasão russa, havia ampla liberdade religiosa. O país não fazia parte da lista anual feita pela Portas Abertas, que considera as 50 nações em que os cristãos são mais perseguidos.
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Comentários (4)
Odete6
2022-02-26 16:21:15Claro, esse celerado russo não quer apenas retomar a anacrônica União Soviética, ele pretende mesmo é tentar fazer o que tentou fazer o autor do Holocausto. (De nome impronunciável!).
Hugo
2022-02-26 14:18:33Putin e seus capangas políticos e religiosos; já vimos esta história na 2ª Guerra Mundial
Thalles
2022-02-26 13:46:54''Mas meu presidente disse que o Putin era conservador e cristão''. Hahaha
MARCIO
2022-02-26 12:32:22A Rússia persegue cristãos e o gado defende isso pra depois virem se dizerem "cristãos conservadores" skskskskskkdkdksk