Inflação salta para 1,62% em março, no maior índice para o mês desde o Plano Real
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, acelerou para 1,62% em março, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, na manhã desta sexta-feira, 8. Essa é a maior variação para o mês desde 1994, quando o índice atingiu 42,75% no período que antecedeu a implementação do Plano Real. O governo federal usa...
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, acelerou para 1,62% em março, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, na manhã desta sexta-feira, 8. Essa é a maior variação para o mês desde 1994, quando o índice atingiu 42,75% no período que antecedeu a implementação do Plano Real.
O governo federal usa o IPCA como o índice oficial de inflação do Brasil. A variação, portanto, serve de referência para a verificação do cumprimento da meta inflacionária e para as alterações na taxa de juros.
O índice de março ficou 0,61% acima da taxa de 1,01% de fevereiro. Ao todo, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados sofreram uma alta no mês passado. O principal impacto partiu do setor de Transportes, em razão do super reajuste dos combustíveis.
"Cabe lembrar que, no dia 11 de março, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 18,77%. Além disso, houve altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%)", anotou o IBGE. Pesaram, ainda, os aumentos nos preços nos transportes público e por aplicativo.
Em outra ponta, a alta da inflação está vinculada à aceleração do grupo de alimentação e bebidas, puxado pela elevação dos valores dos itens para consumo no domicílio, a exemplo de tomate, cenoura, leite, óleo de soja e pão francês.
Com o resultado de março, já são 7 meses seguidos com a inflação rodando acima do esperado, o que reforça as apostas de que a taxa básica de juros será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.
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Comentários (1)
Vasconcellos
2022-04-08 11:25:49É extremamente curioso como a queda gigante do dólar não afetou minimamente o preço dos combustíveis. Só afeta quando o dólar aumenta, né? Precisa explicar?