Heleno: pedir divulgação integral de vídeo é 'quase um atentado à segurança nacional'
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno (foto), afirmou nesta quarta-feira, 13, que pedir a divulgação da íntegra do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril é “quase um atentado à segurança nacional”. No encontro, conforme pessoas que assistiram a gravação na terça-feira, 12, Jair Bolsonaro cobrou do ex-ministro de Justiça...
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno (foto), afirmou nesta quarta-feira, 13, que pedir a divulgação da íntegra do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril é “quase um atentado à segurança nacional”.
No encontro, conforme pessoas que assistiram a gravação na terça-feira, 12, Jair Bolsonaro cobrou do ex-ministro de Justiça e Segurança Pública Sergio Moro a mudança no comando da superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O presidente acrescentou que, caso a troca não fosse implementada, demitiria o ex-juiz e Maurício Valeixo, que ocupava a direção-geral da corporação.
“Pleitear que seja divulgado, inteiramente, o vídeo de uma Reunião Ministerial, com assuntos confidenciais e até secretos, para atender a interesses políticos, é um ato impatriótico, quase um atentado à segurança nacional”, escreveu Heleno no Twitter.
Pleitear que seja divulgado, inteiramente, o vídeo de uma Reunião Ministerial, com assuntos confidenciais e até secretos, para atender a interesses políticos, é um ato impatriótico, quase um atentado à segurança nacional. pic.twitter.com/fwTaKcG9OQ
— General Heleno (@gen_heleno) May 13, 2020
Moro defendeu no Supremo Tribunal Federal a disponibilização da filmagem completa. Na peça, o advogado Rodrigo Sanchez Rios afirma que o vídeo traz "inquietantes declarações de tom autoritário inviáveis de permanecerem nas sombras".
Bolsonaro, por sua vez, tem pedido que sejam levados a público apenas os trechos pertinentes à investigação. “Da minha parte, a parte no tocante ao inquérito está liberada. Até palavrão meu que falei lá. Tem palavrão. Sem problema nenhum. Toda a minha parte está liberada. Agora, espero que as questões sensíveis, de segurança nacional e soberania nacional não vazem. Isso é péssimo para o Brasil”, declarou na terça-feira ao chegar no Palácio da Alvorada.
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