Gleisi não gostou da recomendação da revista The Economist sobre Lula
A ministra das Relações Institucionais afirmou que The Economist teme continuação de um governo que retomou o crescimento do país
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quarta-feira, 31, a recomendação da revista britânica The Economist para que o presidente Lula (PT) abdique de concorrer à reeleição em 2026.
Para o periódico, o Brasil precisa de renovação política e estabilidade das instituições. A ministra, porém, afirmou que The Economist teme a continuação de um governo que retomou o crescimento do país. Gleisi se manifestou pelo X.
"O verdadeiro risco que a reeleição do presidente Lula representa para a The Economist nunca foi a idade de um líder cheio de vitalidade e que cuida muito bem da saúde. O que eles temem é a continuação de um governo que retomou o crescimento do Brasil e não tem medo de enfrentar a injustiça tributária e social", escreveu a petista.
"A revista do sistema financeiro global, dos que fazem fortunas sem produzir nada, prefere que o Brasil volte a ser submetido aos mandamentos do 'mercado', abandonando as políticas públicas voltadas para o povo, o crescimento do emprego, dos salários e da renda das famílias. Não é para o 'bem do Brasil' que preferem Tarcísio; é por seus interesses, que não são os do país nem do povo brasileiro", complementou.
Em seu editorial, The Economist ressaltou que, apesar do "talento político" de Lula, "é simplesmente arriscado demais para o Brasil ter alguém tão idoso no poder por mais quatro anos. Carisma não é escudo contra o declínio cognitivo”, afirma a publicação, que relembra o caso de Joe Biden, nos EUA.
A saúde do presidente é um dos pontos abordados, e o procedimento cirúrgico neurológico realizado em dezembro de 2024 é lembrado. Caso cumpra um eventual segundo mandato consecutivo, o petista encerraria o governo com 85 anos.
Sobre a economia, o texto descreve as diretrizes atuais como focadas em programas sociais e aumento de impostos, apesar da simplificação tributária. A revista vê limitações nesse modelo para o setor produtivo.
Diante do editorial, o senador Sergio Moro (União-PR) afirmou nesta quarta-feira que nem a revista britânica “aguenta mais” o presidente Lula.
No X, o ex-juiz da Lava Jato ressaltou que The Economist chamou as políticas econômicas do petista de “medíocres”.
"Meu desejo para os brasileiros para 2026 é que possamos virar em definitivo essa página de mandatos presidenciais de Lula, com governos manchados por escândalos sucessivos de corrupção, atraso econômico e incompetência na gestão. Nem a The Economist aguenta mais (‘medíocre’)”, escreveu Moro.
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