Gilmar vê Bolsonaro 'angustiado' devido a atritos com outros poderes
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes (foto) afirmou nesta quarta-feira, 22, que o presidente Jair Bolsonaro, quando o recebeu em março no Palácio da Alvorada, estava "extremamente angustiado" devido aos embates com outros poderes. Gilmar se pronunciou durante um debate promovido pelo portal UOL, do qual também participou o ex-ministro do STF Carlos...
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes (foto) afirmou nesta quarta-feira, 22, que o presidente Jair Bolsonaro, quando o recebeu em março no Palácio da Alvorada, estava "extremamente angustiado" devido aos embates com outros poderes.
Gilmar se pronunciou durante um debate promovido pelo portal UOL, do qual também participou o ex-ministro do STF Carlos Ayres Brito, o presidente da OAB Felipe Santa Cruz e o deputado federal e presidente da CCJ Felipe Francischini, do PSL. "Ele me passou a ideia de um homem extremamente angustiado em função destes enfrentamentos todos", disse o ministro, que havia se reunido com o presidente em março para discutir sobre a adoção de uma Câmara de Gestão de Crise, nos moldes do que ocorreu durante o apagão elétrico em 2001.
Durante o debate, o ministro atribuiu o clima de permanente de conflito do governo com o Legislativo à pouca experiência dos parlamentares que integram a base governista."Bolsonaro conta com uma bancada expressiva para os termos brasileiros ou contava com parlamentares eleitos pelo seu partido, mas gente ainda muito pouco experiente no processo parlamentar. A mim me parece que esta seria uma das causas dessa onda de conflituosidade", acrescentou.
Gilmar também defendeu que a "alta política" repreendesse as atitudes do presidente contrárias às medidas de isolamento social recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. Ele disse isso ao comentar uma decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso, que vetou uma campanha publicitária do governo federal com o mote "O Brasil Não Pode Parar", em favor do relaxamento do isolamento social. "É preciso discutir isso e de censurar esse tipo de atitude, ainda no campo do debate político", seguiu o ministro. Para ele, não é possível dissociar as opiniões e gestos pessoais do presidente do cargo que ele exerce.
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