Gabriel Boric: "Maduro tentou cometer uma fraude"
O presidente do Chile, Gabriel Boric (foto), afirmou nesta quarta, 7, que a posição do seu governo é de que Maduro tentou cometer uma fraude na eleição da Venezuela no dia 28 de julho. "Eu pessoalmente, e esta é a postura do governo do Chile, não tenho dúvidas de que o regime de Maduro tentou...
O presidente do Chile, Gabriel Boric (foto), afirmou nesta quarta, 7, que a posição do seu governo é de que Maduro tentou cometer uma fraude na eleição da Venezuela no dia 28 de julho.
"Eu pessoalmente, e esta é a postura do governo do Chile, não tenho dúvidas de que o regime de Maduro tentou cometer uma fraude. Se não fosse assim, eles teriam mostrado as famosas atas. Por que não o fizeram? Se tivessem ganhado, claramente, teriam mostrado as atas", afirmou Boric.
O presidente, que é de esquerda, também criticou as violações de direitos humanos no país.
Segundo a ONG Foro Penal, 1152 venezuelanos foram presos desde o início dos protestos contra o regime. Desses, 101 são adolescentes e 5 são indígenas.
"Além disso, estão cometendo graves violações dos direitos humanos, reprimindo os manifestantes e, além disso, iniciando perseguições penais que são irrisórias e não seriam aceitáveis no nosso país e em nenhum outro país democrático contra lideranças da oposição", afirmou Boric.
"Digo isso independentemente da posição política que alguém possa ter em relação à oposição venezuelana. Porque aqui há princípios que devem ser defendidos em todos os eventos, independentemente das diferenças. E isso é o que nós temos levado adiante na política internacional do Chile", disse Boric.
O presidente chileno ainda se recusou a aceitar os resultados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral, (CNE), como já vinha fazendo anteriormente.
"Acredito que temos de aprender com as experiências passadas. Como comunidade internacional, não podemos cometer o mesmo erro que se cometeu com Juan Guaidó (em 2019). Isso é algo que a maioria dos países entende. Mas quero ser claro. O Chile não reconhece a vitória autoproclamada de Maduro. Não confiamos na independência nem na imparcialidade das instituições da Venezuela. Por isso, nós decidimos, como país, que não vamos validar resultados que não tenham sido verificados por organismos internacionais independentes do regime", disse Boric.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-08-07 12:55:03Tentou foi? Eleição não se ganha, se toma e eis mais uma.