Financial Times prevê vitória de Lula em 2026
O jornal britânico avalia que o petista irá se beneficiar de "uma economia robusta e de sua resistência às investidas de Trump"
O Financial Times publicou nesta quarta-feira, 31, sua lista de 20 previsões políticas para 2026.
Para o Brasil, o jornal britânico projetou a reeleição do presidente Lula (PT) no pleito que acontece em outubro.
Citando "gols contra da direita brasileira", o periódico avalia que o petista irá se beneficiar de "uma economia robusta e de sua resistência às investidas de Trump".
Crusoé reproduz abaixo a previsão:
"Será que Lula conquistará um quarto mandato recorde como presidente do Brasil?
Sim. Salvo algum problema de saúde de última hora, Luiz Inácio Lula da Silva é o favorito para vencer as eleições de outubro, mesmo aos 80 anos. Um político formidável, o esquerdista se beneficiará de uma economia robusta e de sua resistência às investidas de Trump.
Gols contra da direita brasileira também estão ajudando Lula. Alguns conservadores defenderam sanções dos EUA para punir o Brasil pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro sob a acusação de conspiração para um golpe, mas a estratégia se mostrou contraproducente, já que Lula conseguiu o apoio da nação. A direita também está em conflito sobre se o filho de Bolsonaro, Flávio, deve representá-los agora que seu pai está preso, ou um candidato mais moderado."
A previsão é assinada pelo editor para América Latina, baseado no Brasil, Michael Stott.
The Economist
Se o Financial Times projeta uma vitória de Lula, a revista The Economist defendeu em editorial que o petista abdique de concorrer à reeleição em 2026.
Para a publicação, o Brasil precisa de renovação política e estabilidade das instituições.
“Apesar de todo o seu talento político, é simplesmente arriscado demais para o Brasil ter alguém tão idoso no poder por mais quatro anos. Carisma não é escudo contra o declínio cognitivo”, afirma a publicação, que relembra o caso de Joe Biden, nos EUA.
Sobre a economia, o texto descreve as diretrizes atuais como focadas em programas sociais e aumento de impostos, apesar da simplificação tributária. A revista vê limitações nesse modelo para o setor produtivo.
“Embora a economia brasileira tenha crescido surpreendentemente rápido nos últimos anos, as políticas econômicas de Lula são medíocres. Elas se concentram principalmente em auxílios aos pobres, com medidas de arrecadação de receita cada vez menos favoráveis às empresas, embora ele também tenha agradado os empregadores com uma reforma tributária simplificada”.
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