EUA equiparam Moraes a assassinos, estupradores e torturadores
Conheça 6 alvos da Lei Magnitsky além de Alexandre de Moraes. São acusados de brutalidade, estupros, massacres e violência sexual sistemática

A Lei Magnitsky Global, implementada pelos Estados Unidos contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, é uma ferramenta importante para punir indivíduos responsáveis por graves violações de direitos humanos, como massacres, assassinatos e estupros, crimes que devastam comunidades em vários países.
Essa é a primeira vez, no entanto, que ela é aplicada contra um representante do sistema judiciário de um país democrático, o que, diferente de outras ocasiões, poderá fazer com que outros aliados, como a Europa, não endossem e repliquem sua aplicação em seus territórios.
Dentre os hoje atingidos pela lei, seis das figuras se destacam por históricos e perfis de atuação bem distintos do brasileiro: uso de extrema brutalidade, acusações de orquestrar ou facilitar massacres e violência sexual sistemática, práticas usadas para consolidar poder, aterrorizar ou mesmo exterminar populações.
As sanções, que incluem congelamento de ativos e proibição de entrada nos EUA, visam limitar a influência desses perpetradores, embora a eficácia muitas vezes seja desafiada pelas instabilidades regionais e pela falta de ativos financeiros e patrimoniais dessas pessoas junto ao sistema americano. Abaixo o perfil de seis desses nomes:
Luckson Elan, líder da gangue Gran Grif no Haiti, se tornou alvo em setembro de 2024 pelos EUA e em outubro pelo Reino Unido. Sua gangue, baseada na região de Artibonite, é responsável por sequestros, assassinatos em massa e estupros sistemáticos contra mulheres e meninas. Relatórios da ONU documentam a violência sexual como tática de intimidação, agravando a crise humanitária no Haiti, onde comunidades vivem sob constante ameaça.
Johnson André, chefe da gangue 5 Segond, também no Haiti, entrou para a lista em dezembro de 2023. Acusado de liderar 1.035 casos de violência sexual em 2022, incluindo estupros em massa, além de assassinatos e ataques contra forças de segurança, André usa o estupro como arma para dominar Porto Príncipe. Sobreviventes relatam abusos brutais que deixam traumas profundos e deslocam populações inteiras.
Na Síria, Maher al-Assad, sofreu a sanção em 2020, comanda a 4ª Divisão do Exército Sírio, notória por torturas, execuções extrajudiciais e estupros em prisões como Saydnaya. Relatórios da Human Rights Watch confirmam que a violência sexual, incluindo estupros de homens e mulheres, é prática comum para quebrar opositores, com Maher supervisionando essas atrocidades em nome do regime de Bashar al-Assad.
Wang Mingshan, foi alvo por seu papel como chefe do escritório de segurança pública em Xinjiang, na China, envolvido no genocídio e repressão violenta dos uigures. Acusado de supervisionar torturas, execuções extrajudiciais, esterilizações forçadas e detenções em massa em campos de concentração.
Abdulhamid al-Dabeiba, atingido pela lei em 2021 na Líbia, lidera uma milícia em Zawiya acusada de tráfico humano, sequestros, assassinatos e estupros contra migrantes em centros de detenção. A ONU documenta abusos sexuais sistemáticos contra mulheres, usados como ferramenta de coerção, enquanto assassinatos consolidam seu controle local.
Ahmed al-Sharaa, incluído na Magnitsky em 2023, comanda a milícia Hayat Tahrir al-Sham na Síria. Sua organização é responsável por torturas, execuções e estupros em Idlib, onde a violência sexual é usada para reprimir civis e opositores. Relatórios apontam casos de abusos em áreas sob seu domínio, reforçando sua reputação de brutalidade.
Esses 6 perfis emblemáticos mostram o risco que os Estados Unidos assumiram ao politizar o uso de um poderoso instrumento técnico normalmente empregado contra criminosos atrozes e corruptos contumazes. Será que vai surtir o efeito desejado junto a Moraes, STF ou ao governo brasileiro?
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Comentários (5)
Ana Maria
2025-07-31 15:46:41Pode pesquisar que nao sao todos nesse perfil. Pode parecer exagerado para o articulista, porem nao e para a Debora do batom ou mesmo para muitos brasileiros que a cada dia achavam que ele e o STF estavam indo longe demais e sempre conseguiam esticar a corda
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
2025-07-31 11:28:49262 pessoas já sancionadas por tal lei. É de uma desonestidade intelectual ímpar pinçar 6 dos piores exemplos para comparar. Entre os 262 ele está entre muitos iguais.
Ana Lúcia Amaral
2025-07-31 11:25:35Humanos.
Ana Lúcia Amaral
2025-07-31 11:25:25Sancionar a violação de direitos humanos . Mandar para a prisao , indiscriminadamente , pessoas menos informadas e assistidas, e violação a dite humanos. Deixar pendente de apreciação relaxamento de prisão a pessoa com problema de saúde até chegar a óbito , e negação de prestação de jurisdição , ferindo direito humano tudo bem? Deixar preso incapaz por meses, pois resolveu punir milhares par intimidar um país, pode? Graduei-me em Direito na mesma faculdade do ministro sancionado . Exerci a função de Ministério Publico por 21 anis, e sei que o Direito Penal e o Processo Penal não autorizam o ministro violador de Direitos s
Ana Lúcia Amaral
2025-07-31 11:16:20Violação de direitos humanos é violação . Tiranos cometem atrocidades por serem tiramos . No caso do ministro Moraes a violação a direitos humanos ganha gravidade por ter a função de evitar e sab