Esquerda mingua na Bolívia, Chile, Colômbia...
Dois candidatos de direita podem passar para o segundo turno na Bolívia, onde Evo Morales foi proibido de tentar um quarto mandato

A Bolívia será o próximo país da América Latina a ter eleições presidenciais, em 17 de agosto.
O atual presidente, Luis Arce Catacora, indicado pelo cocalero Evo Morales (foto), achou melhor nem tentar a reeleição, pois suas chances eram mínimas.
E Evo Morales foi proibido de concorrer a um quarto mandato pelo Tribunal Constitucional, uma vez que a Constituição permite até dois mandatos.
Este ano, existe até uma chance de o segundo turno ser disputado por dois candidatos de direita, os quais estão melhor colocados nas pesquisas: Samuel Doria Medina e o ex-presidente Jorge Tuto Quiroga.
Chile
O Chile terá eleições presidenciais em novembro.
A Constituição do país não permite a reeleição.
O candidato à frente nas pesquisas é José Antonio Kast, que já foi comparado a Jair Bolsonaro.
Em segundo lugar vem Jeannette Jara, ligada ao Partido Comunista, que integra a coalizão de governo de Gabriel Boric.
Boric não será um bom cabo eleitoral: cerca de 62% dos chilenos desaprovam seu mandato, de acordo com a pesquisa Plaza Pública, do Instituto Cadem.
Em um provável segundo turno, Kast amealharia os votos de direita e ficaria catorze pontos à frente de Jeannette: 48% contra 34%.
Colômbia
Na Colômbia, a gestão do presidente Gustavo Petro é reprovada por 58% dos eleitores, de acordo com pesquisa Invamer. Sua aprovação está em 37%.
Quem está na dianteira das pesquisas eleitorais é a jornalista Vicky Dávila, uma candidata independente, mas próxima do partido Centro Democrático, do ex-presidente Álvaro Uribe.
Gustavo Bolívar, de esquerda, aparece em segundo lugar.
Miguel Uribe
O assassinato do pré-candidato Miguel Uribe reforçou nos colombianos o medo de uma volta ao passado violento, com o crime organizado tomando o controle de vastas áreas do país.
Miguel Uribe morreu no hospital nesta segunda, 11, após resistir por dois meses no hospital.
Ele foi alvejado por um menor de idade.
Na semana passada, o diretor da Polícia Nacional da Colômbia, Carlos Triana, afirmou que "neste momento, todas as evidências apontam que, muito seguramente, a Segunda Marquetalia forma parte dessa rede em termos de quem ordenou [o assassinato], mas ainda estamos realizando a investigação".
A Segunda Marquetalia é um grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que ganhou apoio da ditadura de Nicolás Maduro, de esquerda.
A morte de Miguel Uribe favorece um discurso de direita pela retomada da ordem e pelo combate ao crime organizado.
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