Esposa de Trump defende em autobiografia o direito ao aborto
Donald Trump é conhecido por uma postura não tão hostil ao aborto para os parâmetros da ala dura do Partido Republicano
A ex-primeira-dama dos Estados Unidos e esposa de Donald Trump, Melania (foto), defendeu o direito ao aborto.
A declaração consta em sua autobiografia, com data de lançamento, na terça-feira, 8 de outubro.
"É imperativo garantir que as mulheres tenham autonomia na decisão da sua preferência de ter filhos, com base nas suas próprias convicções, livres de qualquer intervenção ou pressão do governo", escreve a ex-primeira-dama no livro, entitulado "Melania".
“Por que alguém, além da própria mulher, deveria ter o poder de determinar o que ela faz com seu próprio corpo? O direito fundamental da mulher à liberdade individual, à sua própria vida, concede-lhe a autoridade para interromper a gravidez, se assim o desejar... Restringir o direito de uma mulher de escolher interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controle sobre seu próprio corpo. Carreguei essa crença comigo durante toda a minha vida adulta”, acrescenta.
O que pensa Donald Trump sobre o aborto?
Donald Trump é conhecido por uma postura não tão hostil ao aborto para os parâmetros da ala dura do Partido Republicano, que o próprio ex-presidente representa.
Em maio de 2023, ele chegou a criticar restrições ao aborto, em alfinetada aquele então visto como seu principal rival nas primárias do Partido Republicano, o governador da Flórida Ron DeSantis. Ele saiu da disputa em janeiro.
A lei que Trump criticou proíbe o procedimento a partir da sexta semana de gestação.
“Se você olhar o que DeSantis fez, muita gente nem sabe se ele sabia o que estava fazendo”, afirmou o ex-presidente em entrevista ao site de notícias The Messenger.
“Mas ele assinou por seis semanas, e muitas pessoas dentro do movimento anti-aborto acham que isso foi muito duro“, acrescentou.
O que pensa Donald Trump sobre legalizar aborto?
Ao mesmo tempo, Trump é um crítico da decisão da Suprema Corte Roe v Wade que descriminalizava o aborto em todos os Estados Unidos. A Corte reviu e derrubou o precedente em 2022 com votos de três de nove ministros indicados por Trump.
Reiteradamente, incluindo nos dois debates presidenciais da campanha deste ano, o ex-presidente defendeu que a legislação sobre o aborto deve se dar no plano estadual, que é o cenário atual desde a derrubada de Roe v Wade.
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