Ernesto Araújo e as relações políticas e comerciais com a China
O chanceler Ernesto Araújo tem minimizado o impacto das divergências políticas com a China sobre as relações comerciais entre os dois países. O comportamento foi adotado novamente hoje em uma reunião virtual com a ministra Tereza Cristina, Paulo Skaf e empresários de frigoríficos, na manhã desta quarta-feira, 8. O encontro tratou da suspensão de exportação...
O chanceler Ernesto Araújo tem minimizado o impacto das divergências políticas com a China sobre as relações comerciais entre os dois países. O comportamento foi adotado novamente hoje em uma reunião virtual com a ministra Tereza Cristina, Paulo Skaf e empresários de frigoríficos, na manhã desta quarta-feira, 8. O encontro tratou da suspensão de exportação de carne de seis estabelecimentos brasileiros para os chineses.
A Crusoé, interlocutores relatam que a reunião teve clima tranquilo de troca de informações entre os dois ministérios e o setor empresarial. As discussões foram pragmáticas para alinhar a necessidade de comunicar claramente à China todas as precauções e medidas de segurança que a indústria brasileira está tomando para prevenir a contaminação por Covid-19 em seus estabelecimentos. O teor surpreendeu mesmo aqueles que esperavam alguma tensão pela presença do chanceler, que vem sendo criticado por integrantes do agronegócio pela sua postura com relação à China e ao 5G.
Durante a reunião, Ernesto rememorou um episódio de tensão com Pequim, quando divulgou nota oficial pedindo que o embaixador Yang Wanming pedisse desculpas por ter compartilhado, no Twitter, um post considerado ofensivo à família do presidente Jair Bolsonaro. Nesta quarta-feira, o chanceler disse que, pelo lado brasileiro, a postura chinesa ultrapassou os limites tolerados pelo Itamaraty.
Sem ser contestado por empresários presentes na videoconferência, Ernesto destacou ainda que as tensões políticas com Pequim não levaram a nenhum tipo de retaliação com prejuízos comerciais ao agronegócio. Uma fonte diplomática ouvida por Crusoé, no entanto, avalia que, se por um lado, o Brasil não perdeu mercado com a China, por outro negociações que poderiam ampliar as exportações para os chineses estão travadas por Pequim.
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