Equatorianos resistem a aumentar imposto para financiar guerra ao tráfico
A Assembleia Nacional do Equador não dará respaldo para a proposta do presidente do país, Daniel Noboa, de aumentar para 15% a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do país. O seu objetivo é usar o valor extra da arrecadação para financiar a guerra interna do contra o crime organizado no país. Nesta sexta-feira,...
A Assembleia Nacional do Equador não dará respaldo para a proposta do presidente do país, Daniel Noboa, de aumentar para 15% a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do país. O seu objetivo é usar o valor extra da arrecadação para financiar a guerra interna do contra o crime organizado no país.
Nesta sexta-feira, 12, durante sessão da Assembleia, partidos de base do governo como o Revolución Ciudadana e o Partido Social Cristano indicara que não vão votar a favor do aumento, que seria temporário. O motivo seria que o incremento de impostos seria uma "linha vermelha" para a ideologia destes partidos, mas estes estariam abertos a negociações.
"Estamos conscientes que não é só o estado que vive este problema econômico — mas também vive o cidadão comum", disse o deputado Otto Vera, do PSC. O aliado do presidente defendeu que "golpear o bolso dos equatorianos com mais impostos seria terrível. Não vamos apoiar mais impostos, e o que eu acredito é que pode se chegar a um acordo para uma contribuição especial temporal, enquanto dure o conflito armado."
A situação começa a complicar para o presidente Daniel Noboa, que enviou três projetos de lei urgentes à Assembleia, esperando sua aprovação em até 30 dias. O governo precisa que o Legislativo aprove algumas das medidas que pretende aplicar na luta contra o crime organizado.
Como mostra a Crusoé desta semana, o que tornou o Equador atrativo para a rota do tráfico, além da posição geográfica e da economia dolarizada, é a fragilidade do Estado. “Pouco a pouco, o crime organizado penetrou nas instituições do Estado", diz o cientista político equatoriano Cesar Ulloa. Com muito dinheiro nas mãos, os narcotraficantes corromperam promotores, juízes, policiais e carcereiros. É isso o que explica a fuga de José Adolfo Macías, o Fito, líder da facção Los Choneros da cadeia, na semana passada.
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Comentários (1)
Odete6
2024-01-14 05:07:52Pois é...né? O problema é: para onde foram os impostos destinados ao combate sistemático e efetivo da bandidagem no dia a dia, o que impediria o país de chegar a um tal nível de degradação??? Né, mesmo????