Entre pressão de Guedes e lobby de servidores, Câmara analisa reajustes salariais
Líderes partidários da Câmara dos Deputados reúnem-se nesta quinta-feira, às 11h, para discutir o veto ao reajuste salarial de servidores públicos, derrubado na noite de ontem pelo Senado. Se os deputados federais seguirem o mesmo entendimento e liberarem a concessão de aumentos ao funcionalismo, o impacto nos cofres públicos será de 120 bilhões de reais...
Líderes partidários da Câmara dos Deputados reúnem-se nesta quinta-feira, às 11h, para discutir o veto ao reajuste salarial de servidores públicos, derrubado na noite de ontem pelo Senado. Se os deputados federais seguirem o mesmo entendimento e liberarem a concessão de aumentos ao funcionalismo, o impacto nos cofres públicos será de 120 bilhões de reais e, segundo o governo, poderá inviabilizar a prorrogação do auxílio emergencial. Em conversa com apoiadores nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro disse que, se a Câmara der aval aos aumentos, “é impossível governar o Brasil”. O apelo, entretanto, pode não surtir efeitos: o clima na Câmara é de apoio à derrubada do veto do presidente e de liberação de reajustes, apesar da crise da pandemia.
No Senado, até mesmo governistas votaram contra o Planalto e atuaram para garantir a benesse ao funcionalismo. Em ano de eleições municipais, os parlamentares não querem se indispor com as bases – os servidores públicos têm forte poder de lobby em todo o país, sobretudo em Brasília. A Câmara deve analisar o assunto na tarde desta quinta-feira.
Por orientação do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro vetou a concessão de reajustes salariais para profissionais de segurança pública, saúde, e educação durante a pandemia. O congelamento valeria por apenas 18 meses e teve o apoio de governadores, já que a medida tem grande impacto na folha salarial dos estados.
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes, do MDB, tentou sem sucesso convencer os colegas a manter o veto. “Talvez estejamos impossibilitando a população do Brasil inteiro de receber a possível sexta parcela do auxílio emergencial. Há um contexto”, argumentou Gomes.
O Partido Novo deve ser uma das únicas bancadas com encaminhamento unânime pela manutenção do veto. O líder da sigla, Paulo Ganime, reconhece, entretanto, que será uma tarefa complicada. “O governo está trabalhando para conseguir os votos, mas vai ser difícil”, reconhece Ganime.
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Comentários (8)
Maria Goiabademinas
2020-08-20 17:38:15Um país viciado em benesses pública como é o Brasil nunca será uma nação desenvolvida. As pessoas acostumam com as facilidades sem a responsabilidade, e não há meios de contê-las. É vergonhoso o oportunismo desses políticos picarestas durante uma pandemia. Novo2022.
João
2020-08-20 16:38:04A matéria é muito interessante diz " em ano de eleição deputados e senadores não querem decepcionar seus eleitores" para mim isso é compra de voto. Infelizmente o legislativo não vê Brasil e sim Brasília. Nada contra os servidores porém não tiveram uma única redução de salário e nem sentem o que essa pandemia está fazendo na econômica da populacao.
FRANCISCO
2020-08-20 15:44:34O Novo é o único partido que pensa no povo brasileiro.
PEDRO
2020-08-20 14:20:02O governo diz trabalhar com números, mas tem comportamento imoral diante do público, isso causa revolta nos servidores e seus representantes. Pelo visto a granada vai ser jogada de volta na "trincheira inimiga".
Roberto
2020-08-20 12:20:42O sistema político do Brasil está tão podre e a forma de eleição tão obsoleta que não surpreende o nível tão baixo do nosso Congresso. Bando de irresponsáveis.
Manoel
2020-08-20 12:17:47depois a imprensa diz que o Executivo deveria dialogar mais com o Legislativo. Como abrir conversação com uma matilha que só pensa nas benesses e interesses pessoais. Apesar de tudo isso ainda assim tenho que dar razão aos párias do legislativo lá estão com aprovação unânime da sociedade brasileira.
José
2020-08-20 11:46:14Quando o ministro fala em crime contra o Brasil , corretissimo, não pensam no pais
Anneliese
2020-08-20 11:16:37Pelo amor de Deus! Parem com esses aumentos! Esperem a economia ser recuperada. Não cuspam em cima do povo que paga seus salários com o suor de seus rostos.