Entenda a situação dos foragidos do 8/1 na Argentina
Dentre os 160 condenados pelo 8 de janeiro que seguem foragidos da Justiça, a Polícia Federal indentificou 65 que solicitaram asilo político na Argentina, como reportou O Antagonista na manhã desta sexta, 7 de junho, Os pedidos de refúgio são analisados pelo Ministério do Interior argentino dentro de um prazo de três meses a partir...
Dentre os 160 condenados pelo 8 de janeiro que seguem foragidos da Justiça, a Polícia Federal indentificou 65 que solicitaram asilo político na Argentina, como reportou O Antagonista na manhã desta sexta, 7 de junho,
Os pedidos de refúgio são analisados pelo Ministério do Interior argentino dentro de um prazo de três meses a partir da solicitação.
Com o protocolo das solicitações, os foragidos ganharam títulos de "permanência provisória" na Argentina, que garantem direitos da residência pelo trimestre.
Os condenados pelo 8 de janeiro estão autorizados a morar, trabalhar, estudar e mesmo usar os serviços públicos da Argentina enquanto seus pedidos de asilo são avaliados.
O título de "permanência provisória" também cria entraves burocráticos para a prisão e deportação dos 65 brasileiros.
Entretanto, o Brasil iniciou o trâmite para a extradição deles.
Segundo a PF, nenhum deles passou pelos controles migratórios e agora eles serão alvos de pedido de extradição.
Os pedidos de extradição serão protocolados no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os investigadores acreditam que os fugitivos, provavelmente, entraram na Argentina dentro de porta-malas de carros, caminhando pela ponte na fronteira ou, ainda, atravessando o rio Paraná, que separa o país do Brasil.
Na quinta-feira, 6, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) mandou prender 208 envolvidos nos atos por descumprimento de medidas cautelares.
Do total, 49 haviam sido localizados e presos até a manhã desta sexta-feira, 7. A maioria nos estados de São Paulo (17) e Minas Gerais (7), além do Distrito Federal (7). Os demais 160 são considerados foragidos. Os nomes dos que não foram capturados serão incluídos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Fugitivos do 8 de janeiro
Em maio, uma reportagem do portal UOL revelou que condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro haviam quebrado tornozeleiras eletrônicas e fugido para a Argentina ou para o Uruguai. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a inclusão dos fugitivos na difusão vermelha da Interpol.
Ainda no final daquele mês, os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Rodrigo Valadares (União-SE) viajaram a Buenos Aires para participar de um evento promovido pela deputada argentina Maria Celeste Ponce, aliada do presidente Javier Milei.
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Comentários (2)
Vantuil Da Costa Lima
2024-06-10 03:01:18Uma tornozeleira custa em média R$2 000,0 ao estado. Fico me perguntando para que servem? Se o MP só se mexe depois de ser confrontado pela imprensa.
Amyr G Feitosa
2024-06-08 10:44:47Presos, processados e muitos já sentenciados ilegalmente a penas draconianas sob critérios ditatoriais pelo STF que não tem foro para julgá-los pois nenhum tem privilégio institucional de foro, para impunizar Lula argumentaram que o foro foi inadequado e agora fazem o contrário, são exilados políticos da vergonha, da covardia, daomissão e submissão nacional a podres poderes ... no censor please.