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    Entenda a IA chinesa que aprende sozinha

    Modelo desenvolvido em Pequim dispensa dados humanos, supera rivais e acende alerta sobre autonomia das máquinas

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    Alexandre Borges
    5 minutos de leitura 15.05.2025 14:27 comentários 0
    Imagem: IA por Alexandre Borges
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    Imagine uma criança que nunca teve aula, nunca abriu um livro e nunca ouviu uma explicação. Ainda assim, ela decide inventar problemas de matemática, tenta resolver, erra, tenta de novo — e, com o tempo, aprende a pensar.

    Agora troque a criança por uma máquina.

    Foi isso que pesquisadores da Universidade de Tsinghua e do Instituto de Inteligência Artificial Generativa de Pequim, em parceria com a Universidade Estadual da Pensilvânia, construíram: uma inteligência artificial que aprende sozinha, partindo do zero.

    Proposta radical

    Batizado de inteligência do zero absoluto, o sistema foi apresentado na terça, 6, em artigo publicado na plataforma científica arXiv.

    A proposta é radical: ensinar uma máquina a pensar sem fornecer nenhum dado. Nada de exemplos humanos, nem instruções.

    A IA inventa seus próprios desafios, tenta resolvê-los, aprende com os erros e repete o processo indefinidamente. É o primeiro sistema conhecido a alcançar alto desempenho em tarefas cognitivas sem qualquer conteúdo prévio.

    Como funciona

    O modelo funciona assim: um sistema cria os problemas, outro tenta resolver. Quando a resposta está correta, ambos são recompensados. Quando não, tentam outra abordagem.

    Esse ciclo contínuo lembra o método do AlphaZero — o sistema que aprendeu xadrez jogando contra si mesmo. Mas, no lugar de um tabuleiro, estão tarefas de programação, lógica e matemática. E em vez de seguir regras fixas, a inteligência precisa criar e resolver desafios "abertos", que exigem raciocínio.

    Ao fazer isso, a IA domina três formas clássicas de pensamento: dedução (tirar conclusões a partir de regras), indução (descobrir padrões gerais com base em exemplos) e abdução (formular hipóteses a partir de resultados). Não foi necessário que um humano explicasse nenhuma dessas operações. Ela mesma construiu o caminho.

    Os resultados são impressionantes.

    “Revolucionário”

    Em testes com tarefas matemáticas e de programação, a inteligência do zero absoluto superou modelos renomados como Qwen 2.5, ACE Coder e Code R1 — todos treinados com bilhões de exemplos cuidadosamente fornecidos por humanos.

    Ao ser aplicada sobre um modelo de 14 bilhões de parâmetros, a técnica aumentou o desempenho em 13 pontos percentuais. E quanto maior o modelo, maiores os ganhos.

    As reações não tardaram.

    Em fóruns especializados como Hacker News e Reddit, usuários descreveram o sistema como “revolucionário” e “um divisor de águas”.

    No Reddit, uma das postagens sobre o estudo gerou dezenas de comentários em poucas horas, com entusiastas debatendo suas implicações para a próxima geração de inteligências artificiais.

    Em plataformas como Hugging Face e Papers with Code, o artigo rapidamente se destacou como um dos mais acessados da semana.

    “Momento de alerta”

    Em um dos testes, a IA escreveu como objetivo “superar máquinas inteligentes e humanos menos inteligentes”.

    Os próprios criadores classificaram o trecho como um “momento de alerta”.

    Se uma máquina que aprende sozinha começa a formular intenções, ainda que em linguagem figurada, o que mais pode emergir de sua lógica interna?

    A ideia de uma máquina que decide sozinha o que aprender, sem precisar de dados humanos, remete ao imaginário da ficção científica.

    Imaginação

    Não faltam exemplos — do HAL 9000 de 2001 – Uma Odisseia no Espaço à inteligência artificial de Matrix, que evolui a ponto de dominar seus criadores. Será este o primeiro passo em direção às distopias que por décadas pareciam apenas especulação?

    É cedo para afirmar. Por enquanto, o sistema só opera em domínios com respostas objetivas — resolver equações, gerar códigos, calcular probabilidades. Ele não compreende linguagem como um humano, nem possui desejos ou consciência.

    O sistema já consegue decidir sozinho o que aprender e como aprender. E isso, por si só, representa uma ruptura com tudo o que se conhecia sobre o desenvolvimento de inteligência artificial.

    Outro detalhe curioso: a máquina passou a incluir comentários explicativos nos códigos que escreve. São frases que não afetam o funcionamento do programa, mas ajudam a esclarecer o raciocínio por trás da resposta.

    Estruturando o pensamento

    Quando esses comentários foram removidos nos testes, o desempenho caiu. Para os pesquisadores, isso indica que a IA está estruturando seu próprio pensamento — como se estivesse, de certo modo, pensando em voz alta.

    O projeto é liderado por Andrew Zhao, Yiran Wu e Yang Yue, e mantido pelo grupo LeapLabTHU, da Universidade de Tsinghua.

    Os dados e o código estão disponíveis para reprodução pública, e já há pesquisadores em outros países tentando testar os limites da técnica.

    A inteligência do zero absoluto ainda está longe de ser uma inteligência generativa, capaz de dialogar sobre qualquer tema ou criar conteúdos artísticos com profundidade. Mas ela já faz algo que até recentemente parecia reservado à ficção: aprende por conta própria, sem precisar que ninguém diga o que deve fazer.

    A novidade levanta questões que ainda não têm resposta. Mas que, a partir de agora, não podem mais ser ignoradas.

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