Crusoé
18.08.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram
    Diários

    Entenda a IA chinesa que aprende sozinha

    Modelo desenvolvido em Pequim dispensa dados humanos, supera rivais e acende alerta sobre autonomia das máquinas

    avatar
    Alexandre Borges
    5 minutos de leitura 15.05.2025 14:27 comentários 0
    Imagem: IA por Alexandre Borges
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    Imagine uma criança que nunca teve aula, nunca abriu um livro e nunca ouviu uma explicação. Ainda assim, ela decide inventar problemas de matemática, tenta resolver, erra, tenta de novo — e, com o tempo, aprende a pensar.

    Agora troque a criança por uma máquina.

    Foi isso que pesquisadores da Universidade de Tsinghua e do Instituto de Inteligência Artificial Generativa de Pequim, em parceria com a Universidade Estadual da Pensilvânia, construíram: uma inteligência artificial que aprende sozinha, partindo do zero.

    Proposta radical

    Batizado de inteligência do zero absoluto, o sistema foi apresentado na terça, 6, em artigo publicado na plataforma científica arXiv.

    A proposta é radical: ensinar uma máquina a pensar sem fornecer nenhum dado. Nada de exemplos humanos, nem instruções.

    A IA inventa seus próprios desafios, tenta resolvê-los, aprende com os erros e repete o processo indefinidamente. É o primeiro sistema conhecido a alcançar alto desempenho em tarefas cognitivas sem qualquer conteúdo prévio.

    Como funciona

    O modelo funciona assim: um sistema cria os problemas, outro tenta resolver. Quando a resposta está correta, ambos são recompensados. Quando não, tentam outra abordagem.

    Esse ciclo contínuo lembra o método do AlphaZero — o sistema que aprendeu xadrez jogando contra si mesmo. Mas, no lugar de um tabuleiro, estão tarefas de programação, lógica e matemática. E em vez de seguir regras fixas, a inteligência precisa criar e resolver desafios "abertos", que exigem raciocínio.

    Ao fazer isso, a IA domina três formas clássicas de pensamento: dedução (tirar conclusões a partir de regras), indução (descobrir padrões gerais com base em exemplos) e abdução (formular hipóteses a partir de resultados). Não foi necessário que um humano explicasse nenhuma dessas operações. Ela mesma construiu o caminho.

    Os resultados são impressionantes.

    “Revolucionário”

    Em testes com tarefas matemáticas e de programação, a inteligência do zero absoluto superou modelos renomados como Qwen 2.5, ACE Coder e Code R1 — todos treinados com bilhões de exemplos cuidadosamente fornecidos por humanos.

    Ao ser aplicada sobre um modelo de 14 bilhões de parâmetros, a técnica aumentou o desempenho em 13 pontos percentuais. E quanto maior o modelo, maiores os ganhos.

    As reações não tardaram.

    Em fóruns especializados como Hacker News e Reddit, usuários descreveram o sistema como “revolucionário” e “um divisor de águas”.

    No Reddit, uma das postagens sobre o estudo gerou dezenas de comentários em poucas horas, com entusiastas debatendo suas implicações para a próxima geração de inteligências artificiais.

    Em plataformas como Hugging Face e Papers with Code, o artigo rapidamente se destacou como um dos mais acessados da semana.

    “Momento de alerta”

    Em um dos testes, a IA escreveu como objetivo “superar máquinas inteligentes e humanos menos inteligentes”.

    Os próprios criadores classificaram o trecho como um “momento de alerta”.

    Se uma máquina que aprende sozinha começa a formular intenções, ainda que em linguagem figurada, o que mais pode emergir de sua lógica interna?

    A ideia de uma máquina que decide sozinha o que aprender, sem precisar de dados humanos, remete ao imaginário da ficção científica.

    Imaginação

    Não faltam exemplos — do HAL 9000 de 2001 – Uma Odisseia no Espaço à inteligência artificial de Matrix, que evolui a ponto de dominar seus criadores. Será este o primeiro passo em direção às distopias que por décadas pareciam apenas especulação?

    É cedo para afirmar. Por enquanto, o sistema só opera em domínios com respostas objetivas — resolver equações, gerar códigos, calcular probabilidades. Ele não compreende linguagem como um humano, nem possui desejos ou consciência.

    O sistema já consegue decidir sozinho o que aprender e como aprender. E isso, por si só, representa uma ruptura com tudo o que se conhecia sobre o desenvolvimento de inteligência artificial.

    Outro detalhe curioso: a máquina passou a incluir comentários explicativos nos códigos que escreve. São frases que não afetam o funcionamento do programa, mas ajudam a esclarecer o raciocínio por trás da resposta.

    Estruturando o pensamento

    Quando esses comentários foram removidos nos testes, o desempenho caiu. Para os pesquisadores, isso indica que a IA está estruturando seu próprio pensamento — como se estivesse, de certo modo, pensando em voz alta.

    O projeto é liderado por Andrew Zhao, Yiran Wu e Yang Yue, e mantido pelo grupo LeapLabTHU, da Universidade de Tsinghua.

    Os dados e o código estão disponíveis para reprodução pública, e já há pesquisadores em outros países tentando testar os limites da técnica.

    A inteligência do zero absoluto ainda está longe de ser uma inteligência generativa, capaz de dialogar sobre qualquer tema ou criar conteúdos artísticos com profundidade. Mas ela já faz algo que até recentemente parecia reservado à ficção: aprende por conta própria, sem precisar que ninguém diga o que deve fazer.

    A novidade levanta questões que ainda não têm resposta. Mas que, a partir de agora, não podem mais ser ignoradas.

    Diários

    Deputados propõem lei para obrigar identificação de ligações de telemarketing

    Guilherme Resck Visualizar

    Crusoé nº 380: Quem quer dinheiro?

    Redação Crusoé Visualizar

    Gleisi defende Padilha após cancelamento de vistos

    Duda Teixeira Visualizar

    Reação ao Mais Médicos: agora o Brasil pode se orgulhar

    Duda Teixeira Visualizar

    Alexandre Padilha começa a pagar pelo Mais Médicos

    Duda Teixeira Visualizar

    Trump versus Putin

    José Inácio Pilar Visualizar

    Mais Lidas

    A era da pós-hipocrisia

    A era da pós-hipocrisia

    Visualizar notícia
    A torcida pelo impeachment

    A torcida pelo impeachment

    Visualizar notícia
    A volta dos sumidos

    A volta dos sumidos

    Visualizar notícia
    Alexandre Padilha começa a pagar pelo Mais Médicos

    Alexandre Padilha começa a pagar pelo Mais Médicos

    Visualizar notícia
    China cria réplica de porta-aviões americano no deserto

    China cria réplica de porta-aviões americano no deserto

    Visualizar notícia
    Deputados propõem lei para obrigar identificação de ligações de telemarketing

    Deputados propõem lei para obrigar identificação de ligações de telemarketing

    Visualizar notícia
    Impressão de que STF exagerou na reação ao 8 de janeiro se cristaliza

    Impressão de que STF exagerou na reação ao 8 de janeiro se cristaliza

    Visualizar notícia
    O próximo passo da autonomia

    O próximo passo da autonomia

    Visualizar notícia
    Quem é o ex-funcionário da Casa Civil que perdeu visto americano

    Quem é o ex-funcionário da Casa Civil que perdeu visto americano

    Visualizar notícia
    Quem quer dinheiro?

    Quem quer dinheiro?

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    China

    inteligência artificial

    < Notícia Anterior

    AGU não é advogada da Janja

    15.05.2025 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    O que a febre "bebê reborn" diz sobre o brasileiro

    15.05.2025 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Alexandre Borges

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)

    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)


    Notícias relacionadas

    Deputados propõem lei para obrigar identificação de ligações de telemarketing

    Deputados propõem lei para obrigar identificação de ligações de telemarketing

    Guilherme Resck
    16.08.2025 11:00 4 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé nº 380: Quem quer dinheiro?

    Crusoé nº 380: Quem quer dinheiro?

    Redação Crusoé
    16.08.2025 07:02 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Gleisi defende Padilha após cancelamento de vistos

    Gleisi defende Padilha após cancelamento de vistos

    Duda Teixeira
    15.08.2025 16:52 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Reação ao Mais Médicos: agora o Brasil pode se orgulhar

    Reação ao Mais Médicos: agora o Brasil pode se orgulhar

    Duda Teixeira
    15.08.2025 16:01 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Redação Brasília

    SAFS Quadra 02, Bloco 1,
    Ed. Alvoran Asa Sul. — Brasília (DF).
    CEP 70070-600

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso