Khamenei nunca esteve tão fraco
O líder supremo do Irã nunca esteve tão debilitado. Um movimento interno nas Forças Armadas é o que falta para tirá-lo do poder

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei (foto), divulgou uma mensagem pela televisão prometendo se vingar de Israel, após os ataques que começaram na quinta, 12.
"O que eu quero dizer para a minha querida nação é isto: que o regime sionista cometeu um grande erro, um grande erro. Foi um ato imprudente. Pela graça de Alá, as consequências disso vão levar aquele regime à ruina", disse Khamenei, em tom grave.
"A nação iraniana não vai permitir que o sangue dos nossos mártires valiosos não seja vingado, nem vai ignorar a violação do nosso espaço aéreo", afirmou o líder religioso.
"Nossas Forças Armadas estão prontas e os nossos oficiais e o povo atrás dsa Forças Armadas", afirmou.
Enfraquecido
Mas há limites claros para qualquer vingança iraniana.
A ditadura é capaz de enviar mísseis balísticos na direção das cidades israelenses, mas tem poucas condições de acionar os grupos terroristas Hezbollah e Hamas para lutar contra Israel.
Por décadas, o Irã financiou e treinou esses grupos com a ideia de poder acioná-los contra Israel em caso de qualquer ato militar israelense.
Mas esses grupos foram decapitados por Israel desde o atentado do dia 7 de outubro de 2023.
Khamenei também está isolado dentro do Irã.
O líder supremo costumava se reunir com o chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri.
Ambos foram eliminados desde a quinta, 12, por Israel.
Vários membros das forças aéreas iranianas também foram mortos.
Eram esses militares que mais ajudavam a manter o regime teocrático do aiatolá Ali Khamenei.
O líder supremo afirma que "o povo está atrás das Forças Armadas".
A realidade é bem diferente disso.
Desde 2019, os iranianos têm realizado sucessivos protestos contra a teocracia xiita que governa o país desde a Revolução Islâmica de 1979.
Khamanei pode prometer vingança, mas a verdade é que ele nunca esteve tão fraco.
Um movimento interno nas Forças Armadas é o que falta para tirá-lo do poder.
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