Em vídeo, Bolsonaro xingou Doria de 'bosta' e integrantes do governo Witzel de 'estrume'
No vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril em que fala sobre a necessidade de trocar o comando da PF do Rio para proteger familiares, o presidente Jair Bolsonaro também afirmou que não iria "apanhar sozinho" e que, por isso, precisava intervir em outros ministérios. As imagens serão periciadas pelo Instituto Nacional de...
No vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril em que fala sobre a necessidade de trocar o comando da PF do Rio para proteger familiares, o presidente Jair Bolsonaro também afirmou que não iria "apanhar sozinho" e que, por isso, precisava intervir em outros ministérios. As imagens serão periciadas pelo Instituto Nacional de Criminalística e foram exibidas nesta terça-feira, 12, para o ex-ministro Sergio Moro, a Procuradoria-Geral da República e o advogado-geral da União, José Levi Mello.
O vídeo tem aproximadamente duas horas, e o início da exibição atrasou porque foi necessário fazer um procedimento técnico para garantir que a íntegra do material fosse extraída - essa etapa fez o início do vídeo atrasar em duas horas e 40 minutos. As partes acompanharam a sessão sem seus celulares.
No vídeo, Bolsonaro usou palavras de baixo calão ao afirmar que a PF do Rio precisava de intervenção. Ao dizer que não poderia "apanhar sozinho", o presidente xingou o governador de São Paulo, João Doria, de "bosta", e integrantes do governo do Rio, chefiado por Wilson Witzel, de "estrume". Witzel é considerado um dos desafetos de Bolsonaro.
Na mesma reunião, o ministro da Educação Abraham Weintraub chegou a afirmar que os ministros do Supremo Tribunal Federal tinham que ir "todos para a cadeia". Já a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, pediu a prisão de "governadores e prefeitos".
Ao deixar o depoimento, o advogado de Moro, Sanchez Rios, declarou que o ministro Celso de Mello deveria autorizar a divulgação da íntegra do vídeo que "confirma a integralidade" do depoimento de seu cliente. Diz o advogado que não há elementos sensíveis que venham a implicar no sigilo de trechos da gravação.
Fontes ouvidas pela Crusoé afirmam que o vídeo atinge em cheio Bolsonaro, por associar a troca na PF do Rio à necessidade de proteger seus familiares.
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