Eduardo já não acha Tarcísio tão ruim assim...
Filho de Bolsonaro admite apoio ao governador de São Paulo como 'voto anti-Lula'
Apesar dos repetidos ataques ao governador de São Paulo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) já admite a possibilidade de apoiar a candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à Presidência da República em 2026.
"Onde o Lula estiver de um lado, eu estarei do outro", disse o filho de Jair Bolsonaro em entrevista ao Uol.
"Se o Tarcísio for este candidato, a gente vai acabar falando, sim, de Tarcísio de Freitas", acrescentou.
Novos ataques a Tarcísio
Eduardo não deixou de atacar Tarcísio.
"Agora, não venham querer pintar o Tarcísio como uma pessoa de direita, porque ele não é. O Tarcísio é um tecnocrata de centro que, no cenário político, ele acha que ainda há margem para o diálogo com o [ministro do STF Alexandre de] Moraes", disse.
Para Eduardo, Tarcísio tenta "navegar por mares calmos" e isso é "um defeito para um político".
"Eu só me reservo ao direito de não enganar o meu eleitor, porque existe uma relação de confiança", completou.
E o Flávio?
A declaração foi dada dias depois de Eduardo dizer que pretendia apoiar o irmão Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à Presidência em 2026.
"Eu pretendo apoiar um outro candidato em 2026 desde que ele seja identificado com os meus eleitores, que são bolsonaristas. Se, porventura, nós tivermos uma eleição onde ninguém represente esse sentimento, nós escolheremos entre aqueles menos piores. Mas jamais enganarei as pessoas que me seguem nas redes sociais para que elas levem gato por lebre. Faremos o nosso dever cívico com responsabilidade até para não gerar falsas expectativas, o que culminaria numa perda de tempo", disse o deputado ao Poder360.
Tarcísio, o “candidato do sistema”?
Em meio ao racha bolsonarista em Santa Catarina, Eduardo classificou Tarcísio como "candidato do sistema".
“Campagnolo, o Tarcísio é o candidato do sistema. É o cara que o [Alexandre de] Moraes quer, que gostaria que fosse eleito, porque ele ainda viria com apoio de Jair Bolsonaro. O meu pai foi posto numa prisão domiciliar com tornozeleira, esculachado e sem rede social por conta deste projeto. Bolsonaro não tem vontade livre. Por isso que eu, várias vezes, sacramentei, repeti, falei e vou desenhar aqui mais uma vez: ele se encontra na posição de sequestrado. Naquela oportunidade, diferente desse vídeo que eu acabei de te mostrar, quando ele fala que o candidato dele em Santa Catarina é o Carlos Bolsonaro. Então, não tem como você falar em lealdade, em gratidão, quando a sua conduta não se expressa dessa maneira. E fica complicado de entender qual gratidão que é essa.”
O filho 03 de Bolsonaro já tinha reclamado publicamente de Tarcísio, no contexto da reação ao tarifaço de Donald Trump, mas fez questão de dizer que tinha se entendido com o governador no dia seguinte.
Não parece.
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