Eduardo Bolsonaro é denunciado ao Conselho de Ética da Câmara
Após afirmar que o país passará por um “momento de ruptura” institucional, o deputado Eduardo Bolsonaro (foto) tornou-se alvo de uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. O documento foi protocolado na quinta-feira, 28, pela Rede Sustentabilidade e pelo PT, PDT e PSOL. Na peça, os partidos argumentam que...
Após afirmar que o país passará por um “momento de ruptura” institucional, o deputado Eduardo Bolsonaro (foto) tornou-se alvo de uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. O documento foi protocolado na quinta-feira, 28, pela Rede Sustentabilidade e pelo PT, PDT e PSOL.
Na peça, os partidos argumentam que a declaração de Eduardo “é extremamente grave e atenta contra a ordem jurídica e social fixada pela Constituição”, “descumpre os deveres postos no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados” e “agride o disposto em diversos tratados e acordos internacionais que o país se comprometeu a observar”. “Sua prática, por conseguinte, é inconstitucional, ilegal e não compatível com a ética e o decoro parlamentar”, destacam.
O filho 03 do presidente falou sobre a iminência da ruptura na quarta-feira, 27, durante live promovida pelo blogueiro Allan Terça Livre. As declarações ocorreram no mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de ativistas e empresários bolsonaristas, em ação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no inquérito que apura ofensas e ataques à corte, além da difusão de notícias falsas.
“Eu até entendo quem tenha uma postura mais moderada, vamos dizer, para não tentar chegar em um momento de ruptura, um momento de cisão ainda maior, um conflito ainda maior. Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos, mas, falando bem abertamente, opinião do Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de se, mas de quando isso vai ocorrer”, disse, na ocasião.
Eduardo acrescentou que o “assunto está sendo discutido por altas autoridades”." Quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica ele é que será tachado como ditador", complementou.
O parlamentar ainda é alvo de outras duas representações, que tramitam em conjunto no Conselho. As peças referem-se aos episódios em que Eduardo declarou que, “se a esquerda radicalizar”, uma resposta pode ocorrer via AI-5” e insinuou que seria simples fechar o STF, com apenas “um soldado e um cabo”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)