Doria diz a tucanos que seu futuro político está em aberto
Nomes que apoiaram João Doria durante as prévias do partido entraram em contato com ele na manhã desta quinta-feira, 31, tão logo começou a circular a informação de que ele havia dito a aliados que desistiria de concorrer ao Planalto e permaneceria à frente do governo de São Paulo até 31 de dezembro. Do tucano,...
Nomes que apoiaram João Doria durante as prévias do partido entraram em contato com ele na manhã desta quinta-feira, 31, tão logo começou a circular a informação de que ele havia dito a aliados que desistiria de concorrer ao Planalto e permaneceria à frente do governo de São Paulo até 31 de dezembro. Do tucano, ouviram que o futuro político dele ainda não estava sacramentado.
Para concorrer ao Planalto, Doria precisa se desincompatibilizar do cargo até 2 de abril, a seis meses das eleições, conforme a lei eleitoral. O governador havia ficado de comunicar sua decisão às 16 horas, em evento com prefeitos.
"O que Doria me disse era que estava avaliando a situação", contou o senador Izalci Lucas. "Há a possibilidade de ele continuar no governo de São Paulo? Sim, porque Doria é sempre muito determinado e firme. Se não fosse verdade, teria negado prontamente. Mas nada está definido", completou.
Primeiro vice-presidente do PSDB, Domingos Sávio declarou que buscou contato com Doria nesta manhã, mas ainda aguardava uma resposta definitiva do governador de São Paulo. Avaliou, no entanto, que, diante do racha no partido, Doria poderia ter o temor de ser traído por alas do tucanato ligadas a Eduardo Leite durante as convenções partidárias, entre julho e agosto, período que as candidaturas são referendadas e, de fato, registradas.
"O fato de ter um candidato aprovado nas prévias não impede que, alguém, lá na frente, nas convenções, diga: 'Eu quero colocar meu nome para ser avaliado'. Esse é, talvez, o temor que paira sobre a cabeça de João Doria: não conseguir avançar na negociação de alianças porque, constantemente, poderia ouvir que foi escolhido nas prévias, mas poderia não ser o vitorioso da convenção", analisou.
Se, de fato, permanecer no governo de São Paulo, Doria vai romper um acordo feito com seu vice, Rodrigo Garcia, que trocou o DEM pelo PSDB no ano passado com a promessa de que seria o candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes neste ano. Garcia esperava contar com a máquina estadual, após a desincompatibilização de Doria, para crescer nas pesquisas.
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Comentários (3)
Marcello
2022-03-31 14:34:44Pelo menos o Doria não depende da política para ter o seu sustento (é livre)! Já outros, a ver como farão, sem poderem recorrer aos desvios provenientes de rachadinhas!
Amyr G Feitosa
2022-03-31 14:12:25Sem a escada o destino do João "Bolsonaro" é o lixo ... quem vivo estiver verá.
Nivaldo Jacob Justolin Jr
2022-03-31 13:23:17Alckmin rindo até 2050.