Diretor da Prevent Senior não comparece à CPI e senadores defendem condução coercitiva
Convocado para prestar depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira, 16, o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, não compareceu ao Senado. Advogados do executivo alegaram que a notificação sobre a convocação não foi entregue em tempo hábil. Diante da ausência de Batista, os parlamentares prometem ir à Justiça para...
Convocado para prestar depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira, 16, o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, não compareceu ao Senado. Advogados do executivo alegaram que a notificação sobre a convocação não foi entregue em tempo hábil. Diante da ausência de Batista, os parlamentares prometem ir à Justiça para pedir a condução coercitiva do empresário.
“Vamos recorrer ao Judiciário para que garanta a obrigatoriedade da presença dele. Não há justificativa para que não venha, ele tinha conhecimento da convocação, tanto que recorreu ao Supremo Tribunal Federal”, afirmou o senador Humberto Costa, do PT, depois do anúncio sobre a ausência de Pedro Benedito Batista Júnior.
Autor do requerimento para a convocação do representante da Prevent Senior, Humberto Costa afirma que a atuação da operadora de saúde é uma das mais importantes provas da existência de um gabinete paralelo. Os médicos bolsonaristas Nise Yamaguchi e Paolo Zanotto atuaram em estudos conduzidos em hospitais da Prevent Senior, com uso de cloroquina.
“Este depoimento é muito importante. Virou uma mercantilização a questão do uso de medicamentos sem eficácia contra Covid. A operadora aumentou o número de associados, o faturamento e o lucro líquido na pandemia e foi um dos maiores fregueses dos laboratórios que fabricam esses medicamentos”, argumentou Humberto Costa.
Entre os documentos em mãos de parlamentares está a cópia de um processo aberto por um grupo de médicos ligados à rede Prevent Senior, em que os profissionais denunciam a pressão da operadora de saúde para que prescrevessem cloroquina. Há informações até sobre a proibição do uso de máscaras no ambiente hospitalar.
A comissão parlamentar de inquérito recebeu ainda denúncias de pacientes da operadora, que teriam sido assediados para aceitar o chamado “tratamento precoce”. A CPI enviou ofícios à Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS, ao Ministério Público de São Paulo e ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor pedindo informações sobre procedimentos instaurados contra a operadora.
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Comentários (3)
Mario
2021-09-16 13:15:35Essa questão do tratamento precise é mesmo controversa.Eu mesmo como profissional aposentado da área fico na dúvida.Isso porque são muitas pessoas defendendo a eficácia de alguns medicamentos para prevenção da covid.Como no caso da Prevent Senior, que é pioneira no atendimento de idosos e teve , no início da endemia, uma demanda enorme de seus associados idosos contaminados, e o fato inegável é que conseguiram inverter a situação e ter seus associados sob controle em relação a covid.
Humberto
2021-09-16 12:35:07Este teu comentário ecoa como é o pensamento de todo brasileiro que apoia como este governo lidou com a pandemia, são quase 600.000 mortes; Existe a CPI por negligência e incopetencia do PGR(ARAS), que não fez, e continua não fazendo nada para proteger o brasileiro dos desmandos deste genocida e seus capachos.Mas é como os Bovinos e seu Genocida dizem era hora , morreu quem tinha que Morrer!!!
Vasconcellos
2021-09-16 10:11:17Daqui a pouco também vão convocar diretores de escolas de samba para analisar denúncias de falta de uso de máscaras nos ensaios das baterias.