Dilma e Celso Amorim no desfile militar da China
Apesar de estarem bem localizados na foto, os astros eram os ditadores da Rússia, Coreia do Norte e China, pela primeira vez reunidos em público

Com a ausência de Lula, o Brasil foi representado no desfile militar do ditador Xi Jinping, na China, por Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República. Quem também estava presente era a ex-presidente Dilma Rousseff, na condição de presidente do Banco dos Brics, do qual Brasil e China fazem parte.
Apesar de estarem bem localizados na foto oficial divulgada, quem realmente era importante eram os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Coreia do Norte, Kim Jong-un e naturalmente da China, Xi Jinping, tríade pela primeira vez reunida em público.
Amorim foi confirmado como convidado para uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. A confirmação do encontro foi obtida pelo portal Metrópoles por pessoas próximas ao diplomata brasileiro.
O assunto do encontro não foi divulgado.
A maior parte dos líderes presentes ao desfile militar realizado em Pequim, nesta quarta-feira (3), veio de países classificados como autoritários. O evento celebrou a vitória chinesa sobre o Japão na chamada Guerra da Resistência e na Guerra Mundial Antifascista, denominação usada pelo governo para a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
De acordo com dados de 2024 do Índice de Democracia da Economist Intelligence, dentre os 26 países listados oficialmente pela China como presentes, 18 se enquadram como regimes autoritários, 5 são considerados “democracias com falhas” e outros 2 figuram na categoria “regime híbrido”. Apenas um participante, as ilhas Maldivas, não aparece na avaliação do ranking.
Esse levantamento está entre os mais reconhecidos no mundo e é usado pelo Banco Mundial para avaliar o quadro político de diferentes nações, abrangendo mais de 160 países.
A metodologia considera a democracia de forma ampla, levando em conta aspectos como a realização de eleições livres e competitivas, a garantia de direitos civis e de proteção contra abusos do Estado, a participação popular nos processos eleitorais, o envolvimento dos cidadãos na sociedade civil e no debate público, além da capacidade dos governos de atuar em prol da população.
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